O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, ordenou a execução do vice-primeiro-ministro e principal responsável pela Educação no país, Kim Yong-jin, afirmou nesta quarta-feira (31) o Ministério da Unificação da Coreia do Sul.
O político de 63 anos, teria sido executado por um pelotão de fuzilamento em julho deste ano, disse à agência de notícias EFE uma representante do ministério sul-coreano.
Como motivos para a suposta execução, a representante afirmou que Kim Yong-jin "havia mostrado uma atitude negativa quando participou de uma importante reunião parlamentar no final de junho".
"Ele provocou ira depois de ter adormecido durante a reunião, foi detido no local e questionado intensamente pelo ministério da segurança", disse a fonte. Após o interrogatório, a execução do político teria sido ordenada em julho por ser considerado um "elemento antirrevolucionário".
O Ministério da Unificação disse ter recebido informações sobre a execução "através de vários canais", embora o extremo sigilo da Coreia do Norte não permita confirmar os fatos.
Onda de expurgos e execuções
Segundo Seul, outros dois importantes políticos norte-coreanos foram enviados para campos de reeducação como parte da suposta campanha de expurgos do jovem ditador.
Estes seriam Kim Jong-chol, diretor do Departamento da Frente Unida (DFU), órgão de Pyongyang encarregado das relações com a vizinha Coreia do Sul, e Choi Hwi, primeiro subdiretor do Comitê Central do Partido dos Trabalhadores - acusado pelo regime de abusar de sua posição.
Nesta terça-feira, o jornal sul-coreano JoongAng Ilbo afirmou que outros dois políticos de Pyongyang haviam sido executados num academia militar, incluindo o ex-ministro da Agricultura, Hwang Min.
A Coreia do Norte vem sendo palco de uma onda de execuções e expurgos à medida que Kim tenta consolidar seu poder após a morte do pai, em 2011. Uma das execuções mais marcantes foi a do tio do jovem líder, Jang Song Thaek, em 2013, por crimes considerados danosos à economia do país. Ele era visto como o segundo homem mais poderoso do país. Também se acredita que um ex-ministro da Defesa tenha sido executado por traição, segundo Seul.
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