Coreias concluem encontro de famílias separadas pela guerra

25 fev 2014 - 01h02
(atualizado às 01h14)

O histórico encontro das famílias separadas pela guerra das duas Coreias terminou nesta terça-feira com uma reunião final no complexo turístico norte-coreano do monte Kumgang, na qual parentes dos dois lados se despediram após seis dias de reencontros.

A última reunião coletiva de uma hora já terminou, informou à agência EFE uma porta-voz do Ministério da Unificação de Seul, e 357 sul-coreanos retornaram para casa depois de um reencontro com seus 88 familiares da Coreia do Norte que foram escolhidos para participar da segunda rodada, iniciada no último domingo.

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Na primeira rodada, entre os dias 20 e 22 de fevereiro, 82 sul-coreanos se reuniram com quase 200 parentes do Norte.

O recém-terminado encontro de famílias divididas, o 19º na história e o primeiro desde 2010, deixou emocionantes imagens de idosos que se abraçavam entre lágrimas e trocavam fotografias com seus parentes que não viam havia mais de seis décadas.

Este ato humanitário aconteceu depois que as duas Coreias confirmaram sua vontade de buscar o entendimento após anos de tensão, ao concluir com sucesso, há duas semanas, sua primeira reunião de alto nível desde 2007.

Com isso, espera-se que as reuniões de famílias divididas sejam um primeiro passo para que Norte e Sul ponham fim às hostilidades e iniciem uma etapa duradoura de paz.

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O único acontecimento que poderia atrapalhar o encontro foi o início dos exercícios militares Key Resolve e Foal Eagle na segunda-feira por parte de Seul e Washington, que a Coreia do Norte tinha criticado duramente, mas, no final, as manobras não tiveram incidência alguma na reunião familiar.

As duas Coreias devem agora chegar a um acordo para dar periodicidade a essas reuniões, já que a maioria dos parentes separados são hoje idosos e todos os anos milhares deles morrem sem poder reencontrar seus entes queridos do outro lado da fronteira.

Norte e Sul continuam tecnicamente em conflito, pois a Guerra da Coreia (1950-1953) terminou com um armistício ao invés de um tratado de paz. Desde então, a fronteira entre os dois países permanece fechada e centenas de milhares de coreanos não puderam recuperar o contato com seus parentes.

  
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