Dezenas de pessoas morreram e ficaram feridas a facadas em um atentado terrorista na região ocidental chinesa de Xinjiang, cujos habitantes são de maioria muçulmana, indicou nesta terça-feira a agência oficial Xinhua.
Um grupo armado com facas atacou na segunda-feira uma delegacia e escritórios do governo no distrito de Shache e "dezenas de civis uigures (muçulmanos) e hans (de etnia chinesa) morreram ou ficaram feridos", segundo a polícia local citada pela agência.
"Agentes da polícia no local abriram fogo e mataram dezenas de membros do grupo", acrescentou a Xinhua.
"A investigação inicial aponta para um ataque terrorista premeditado", acrescentou.
Pequim culpa habitualmente os separatistas de Xinjiang de realizar atentados que, no ano passado, ganharam maior dimensão e se estenderam para toda a região.
Entre os incidentes que mais chocaram está um ataque contra um mercado da capital de Xinjiang, Urumqi, no qual morreram 39 pessoas em maio, e um ataque com faca em uma estação ferroviária en Kunming, sudoeste da China, em março, que deixou 29 mortos.
Os grupos de direitos humanos acusam o governo chinês de repressão cultural e religiosa que, asseguram, alimenta a instabilidade em Xinjiang. Pequim diz que estimula o desenvolvimento econômico na zona e que defende os direitos das minorias em um país com 56 grupos étnicos reconhecidos.
O ataque informado hoje coincide com a festa do fim do Ramadã, marcada neste ano pela polêmica proibição, por parte do regime comunista, de alguns moradores de Xinjiang (principalmente funcionários governamentais e crianças) que cumprissem o jejum religioso.
Com informações da EFE e AFP.