Empresa pede que internautas ajudem em busca por avião

Companhia lança campanha de crowdsourcing; mapas aéreos foram vistos 385 milhões de vezes

19 mar 2014 - 09h19
(atualizado às 09h20)
Foto: Digital Globe

As buscas pelo voo desaparecido MH370 agora incluem, além de especialistas, internautas de todo o mundo.

Milhões de "caçadores de aviões" online espalhados pelo planeta estão tentando encontrar alguma pista que possa sinalizar o que ocorreu com a aeronave da Malaysia Airlines desaparecida no último dia 8 de março.

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A análise de imagens geradas por satélites estão no centro das buscas pelo MH370.

A companhia Digital Globe, que coleta imagens digitais geradas por satélite, compartilha essas imagens na internet e, assim, permite que membros do público possam inspecioná-las e ampliá-las.

Após a desaparição da aeronave, a empresa lançou uma campanha de crowdsourcing que permite fazer buscas detalhadas em imagens de satélites e destacar coisas que pareçam interessantes. O site também mostra como determinadas coisas parecem se vistas à distância, como uma mancha de óleo ou um bote salva-vidas.

Foto: Digital Globe

De acordo com a empresa, as imagens são tão detalhadas, que seria possível encontrar algo tão pequeno quanto uma mala.

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Após seu lançamento, o site da Digital Globe aumentou consideravelmente sua audiência. Os dados mais recentes fornecidos pela empresa indicam que os mapas foram vistos 385 milhões de vezes.

Alarmes falsos

Mas o efeito colateral dessa prática é o número de alarmes falsos que serão levantados com a iniciativa.

A companhia diz que cerca de 4,7 milhões de "coisas" foram avistadas, mas ainda não está claro quantas destas são significativas - se é que alguma delas é verdadeiramente importante.

A fim de se prevenir contra isso, o sistema faz com que múltiplas pessoas - cerca de 30 - analisem cada imagem.

As imagens mais "tagueadas" por voluntários são então enviadas para os especialistas da Digital Globe, que irão, em seguida, determinar se a informação deve ou não ser repassada para autoridades.

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Foto: Google

Em princípio, as imagens fornecidas pela companhia estavam centradas no Mar do Sul da China e no Golfo da Tailândia - refletindo os focos iniciais de buscas pelo aeronave.

Agora, com as atenções se voltando para a região em torno do Estreito de Malaca, na costa oeste da Malásia, as buscas online também estão sendo adaptadas.

Novas imagens da região devem ser divulgadas em breve no site da Digital Globe.

A empresa disse à BBC que essas imagens seriam atualizadas diariamente e que seria possível fazer com que os satélites possam "olhar" uma nova área a cada 20 minutos.

Agregando informação

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O site de compartilhamento de notícias Reddit está se lançando em um desafio diferente - coletando e organizando informações publicadas pela mídia e postadas nas mídias sociais.

Foto: Reddit

Uma seção especial, conhecida como subreddit, foi criada para agregar informações sobre a aeronave desaparecida.

Entre os links no site, há incontáveis discussões sobre as mais variadas teorias vindas de diferentes partes do mundo.

Graças à maneira que o Reddit funciona, com usuários podendo votar na qualidade do conteúdo postado no site, ele tem se mostrado como uma ferramenta útil na busca por notícias "confiáveis" ou que foram pescadas de geradores de conteúdo alternativos, como as mídias sociais.

Como por exemplo a hipótese sobre o que poderia ter acontecido com o avião oferecida no Google+ por Chris Goodfellow, ex-piloto canadense. Goodfellow sugere que o trajeto do avião e a súbita guinada em sua rota para o oeste indicam que o piloto poderia estar reagindo a um incêndio a bordo, tentado buscar um aeroporto para um pouso de emergência.

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A página foi compartilhada várias vezes no Reddit e em outras redes, antes de ter sido republicada pela revista de tecnologia Wired.

No passado, usuários do Reddit já tentaram juntar pistas para ajudar em uma investigação, mas o resultados foram prejudiciais. Uma página subreddit montada em torno dos atentados à bomba de Boston acabou apontando uma pessoa errada como autor do ataque.

E há também pessoas que tem o propósito deliberado de prestar informações erradas, como o perfil falso de Facebook do co-piloto do voo MH370, Faruq Abdul Hamid, que foi amplamente compartilhado.

A fim de evitar pistas falsas, a edição malaia do Google teve de divulgar um comunicado de imprensa pedindo que pessoas não buscassem imagens do avião no Google Earth.

"Sim, as imagens podem estar lá, mas as imagens não foram registradas em tempo real", afirmou um representante do Google Malaysia em entrevista ao jornal Star, enfatizando que as imagens vistas no site poderiam ser de meses atrás.

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