A primeira-dama dos Estados Unidos pareceu não ficar feliz ao ter que abreviar sua visita à Índia para acompanhar o marido em uma viagem a um país onde as mulheres não podem sair em público sozinhas, dirigir, ou mesmo abrir contas bancárias sem a premissão do marido.
Quando chegou à Arábia Saudita para expressar condolências pela morte do rei Abdullah, Michelle havia não apenas trocado o vestido floral por calças e uma blusa de manga comprida, mas também mudado a fisionomia, que não estava nem um pouco amigável.
De acordo com o Daily Mail, Michelle e o marido foram recepcionados pelo novo rei, Salman, e pelos membros da sua delegação, mas a primeira-dama não foi cumprimentada por todos do grupo. Alguns homens se recusaram a apertar a mão de Michelle, que por razões culturais, permaneceu atrás do marido durante os cumprimentos.
Michelle também foi bastante criticada por pelos sauditas por não cobrir a cabeça, como prevê a tradição na Arábia Saudita. Muitos deles indagaram porquê a primeira-dama não teve o mesmo comportamento adotado na Indonésia e no Vaticano, quando cobriu a cabeça antes de visitar uma mesquista e o Papa Francisco.
Mas Michelle não foi criticada apenas pelo não uso do véu. A blusa que ela usava também não agradou. A peça seria muito "ousada" comparada aos vestidos negros que cobrem todo o corpo e que as mulheres sauditas estão habituadas a vestir.
Alé disso, Michelle foi apagada de um vídeo da TV estatal postado no Youtube. De acordo com vários usuários sauditas, a primeira-dama estava presente na gravação original.
Embora as mulheres sauditas tenham se dedicado cada vez mais à luta pelos seus direitos, o fim do regime do rei Abdullah não desperta muita esperança. Em um discurso televisionado, logo após a morte do irmão, Salman prometeu trabalhar para que as "corretas políticas que a Arábia Saudita tem seguido desde sua fundação" sejam cumpridas.