Morreu nesta segunda-feira (18), aos 67 anos, a enfermeira indiana Aruna Shanbaug, após 42 anos de coma, informou a agência de notícias Ians. Ela foi internada em um hospital de Mumbai em 1973 após ter sido vítima de um estupro.
O estuprador era um colega que trabalhava com Shanbaug no King Edward Memorial Hospital. Ele utilizou uma corrente de ferro para prender o pescoço da indiana e isso causou lesões irreversíveis no cérebro. O caso da enfermeira voltou a ganhar força em 2011, quando a Suprema Corte indiana não aceitou um recurso de sua amiga, Pinki Virani, de praticar a eutanásia.
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Na época, os juízes disseram que "Aruna é cuidada amorosamente por suas colegas de enfermagem no hospital e que nenhuma delas queria que a amiga morresse". Segundo a imprensa local, nenhum outro paciente no mundo ficou em coma por tantos anos. Os casos de violência sexual na Índia são extremamente frequentes e comuns. Segundo dados do próprio Ministério do Interior, foram mais de 25 mil só em 2014. Como é comum em muitas partes do mundo, esse número é inferior ao que ocorre na realidade, já que muitas vítimas não relatam o crime às autoridades.
Além de meninas e mulheres, os meninos - geralmente adolescentes - também sofrem com abusos sexuais e, a maioria dos casos, as punições para quem comete esse crime são brandas. Para tentar combater o problema, o governo lançou um aplicativo por celular chamado de "Himmat" ("Coragem") para avisar parentes sobre possíveis situações de vulnerabilidade das mulheres.