Os Estados Unidos cancelaram neste sábado um exercício militar com a Tailândia, visitas de militares de alta patente e um programa de treinamento policial por conta do golpe militar ocorrido nesta semana no país.
As medidas, anunciadas pelos Departamentos do Estado e da Defesa dos EUA, buscam mostrar o desagrado de Washington com os eventos na Tailândia, cujo chefe do exército assumiu o controle do governo na quinta-feira, dois dias depois de declarar lei marcial.
O Pentágono declarou em comunicado que cancelou seu exercício anual com os tailandeses, parte de uma série de eventos entre a marinha norte-americana e oito marinhas regionais para ajudá-las a trabalhar juntas.
Também afirmou ter cancelado uma visita do Almirante Comandante da Frota do Pacífico dos EUA, Harry Harris, à Tailândia planejada para junho e um convite ao comandante-general das Reais Forças Armadas Tailandesas para uma visita ao Comando do Pacífico dos EUA no mês que vem.
O Pentágono informou que "irá continuar analisando engajamentos adicionais na medida do necessário, até que os eventos na Tailândia não o exijam mais", possível referência ao exercício multinacional anual "Cobra Gold", copatrocinado por Tailândia e Estados Unidos.
O "Cobra Gold", que nos últimos anos ocorreu em janeiro e fevereiro, é um exercício de grandes proporções concebido para garantir a paz regional e fortalecer a capacidade de as forças armadas tailandesas defenderem o país e lidarem com outras ameaças regionais.
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Separadamente, o Departamento do Estado, que normalmente supervisiona a cooperação na aplicação da lei norte-americana no exterior, informou ter cancelado um programa de treinamento policial de armas de fogo na Tailândia e uma visita de autoridades policiais do alto escalão da polícia tailandesa aos Estados Unidos.
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Soldados tailandeses montam guarda no Clube do Exército, depois que o general Prayuth Chan-ocha se reuniu com líderes anti-governo, no local, no centro de Bangoc
Foto: AFP
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Imagem mostra, em meio a arames de segurança, soldados em posição de guarda em um posto do governo, próximo a Bangoc. Nesta quinta-feira, o exército da Tailândia deu um golpe de Estado no país.
Foto: AFP
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Manifestantes anti-governo descansam em um acampamento , montado em Bangoc
Foto: AFP
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Jornalistas entrevistam Luang Pu Buddha Isara, líder dos manifestantes que ocupam o governo. O Exército ordenou que os acampamentos de manifestantes fossem desfeitos, e soldados atiraram para o ar para dispersar ativistas pró-governo unidos nos arredores de Bangcoc
Foto: AFP
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Membro de grupo pró-governo caminha próximo a um soldado tailandês em um acampamento na província de Nakhon Pathom, em Bangoc, em 22 de maio. O Exército ordenou que os acampamentos de manifestantes fossem desfeitos logo após o anpundcio go golpe militar
Foto: Reuters
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Soldados tailandeses tomam suas posições no Clube do Exército após anúncio o comandante do exército, Prayuth Chan-ocha, tomar controle do governo paós um golpe militar
Foto: Reuters
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Militares fazem guarda do lado de fora do Clube do Exército, onde foi realizado um encontro entre facções rivais para a discussão da crise no país, no centro de Bangoc
Foto: Reuters
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Militar prepara para agir próximo ao local onde grupos se reuniram para discutr a crise política na Tailândia, na capital, Bancoc, em 22 de maio. O golpe militar foi aplicado dois dias após o Exército declarar lei marcial no país
Foto: Reuters
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O general Prayuth Chan-ocha desembarca em Bangoc antes do encontro com oficiais do alto escalão, após o Exército declarar lei marcial na tentativa de retomar a ordem no país
Foto: Reuters
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Monges budistas caminham próximos a soldados que montam guarda em um posto de inspeção, perto de um acampamento montado por manifestantes pró-governo em Bangoc, em 22 de maio
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Soldados garantem a segurança do Clube do Exército, onde foi realizado um encontro entre facções rivais para a discussão da crise na Tailândia
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