EUA confirmam que escudo antimísseis já funciona na Coreia

2 mai 2017 - 03h54
(atualizado às 09h21)
Imagem de arquivo mostra disparo do sistema Thaad (escudo antimísseis)
Imagem de arquivo mostra disparo do sistema Thaad (escudo antimísseis)
Foto: Reuters

O Exército dos Estados Unidos confirmou nesta terça-feira que seu polêmico escudo antimísseis THAAD já está em funcionamento na Coreia do Sul, em um momento de enorme tensão na península coreana por causa dos repetidos testes de armamento realizados pela Coreia do Norte.

"As Forças dos EUA na Coreia confirmam que o Sistema de Defesa Terminal de Área a Grande Altitude (THAAD) está funcionando e tem a capacidade de interceptar mísseis norte-coreanos e defender a República da Coreia (nome oficial da Coreia do Sul)", afirma um comunicado enviado por e-mail à Agência EFE.

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O anúncio, assinado pelo coronel Richard Manning, chega apenas uma semana depois que o THAAD começasse a ser instalado em um antigo campo de golfe na região de Seongju (centro do país).

A implantação do THAAD, que foi acordado entre Coreia do Sul e EUA em julho do ano passado, tem como objetivo responder o número recorde de testes de mísseis que Pyongyang realizou em 2016, entre eles o de um foguete espacial, considerado pela comunidade internacional como um teste de míssil disfarçado.

Sua entrada em fase operacional coincide com um clima de crescente tensão na península por conta da insistência ainda maior da Coreia do Norte em lançar mísseis balísticos (o último foi disparado no último sábado, no que seria o terceiro teste em menos de um mês).

Além disso, o THAAD esteve rodeado de polêmica e não apenas questionado pelos agricultores de Seongju, que se mostram preocupados pela possibilidade da região se tornar em alvo de ataques norte-coreanos e também pelos efeitos que os potentes radares do escudo tenham sobre sua saúde e nas plantações.

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Muitos sul-coreanos acreditam que a implantação está sendo feita de maneira precipitada e que foi aprovado por um governo deposto por um caso de corrupção, no caso a ex-presidente Park Geun-hye, postura que defende o candidato favorito à presidência, Moon Jae-in, que já falou sobre uma possível revisão do acordo.

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