EUA pode remover cooperação militar com Tailândia após golpe
Secretário de Estado norte-americano, John Kerry, já tinha advertido que o golpe teria "implicações negativas" na relação bilateral entre as duas nações
O governo dos Estados Unidos avalia suspender mais de US$ 10 milhões em ajuda à Tailândia após o golpe de Estado ocorrido nesta quinta-feira, além de revisar a cooperação militar bilateral, informou o Departamento de Estado americano.
A porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki, explicou que está sendo realizada uma "revisão completa" da cooperação militar e em outros âmbitos com Tailândia.
"Tomamos medidas preliminares para suspender o compromisso (em matéria) militar e a assistência enquanto consideramos os fatos no terreno", disse.
Psaki destacou que o Departamento de Estado e a Agência Americana para o Desenvolvimento Internacional (USAID) dedicam anualmente aproximadamente US$ 10 milhões em assistência, embora o número possa ser maior se forem congeladas outras ajudas.
A porta-voz destacou que a situação é recente e a equipe legal ainda está estudando as possibilidades.
Quanto à ajuda militar, não especificou como afetará, mas ressaltou que está sendo analisada tanto a ajuda como a cooperação entre ambos países. "Estamos no princípio do processo de revisão", explicou.
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O secretário de Estado, John Kerry, já tinha advertido que o golpe teria "implicações negativas" na relação bilateral, em comunicado no qual urgiu a volta da democracia "imediatamente".
A embaixada americana na Tailândia emitiu um alerta no qual recomenda aos cidadãos americanos estarem atentos à evolução da situação, no entanto não pediram que abandonem o país.
O Exército da Tailândia tomou nesta quinta-feira o poder em um golpe de Estado após decretar sua mediação para acabar com a crise política e os protestos antigovernamentais que deixaram 28 mortos e centenas de feridos desde novembro do ano passado.
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Soldados tailandeses montam guarda no Clube do Exército, depois que o general Prayuth Chan-ocha se reuniu com líderes anti-governo, no local, no centro de Bangoc
Foto: AFP
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Imagem mostra, em meio a arames de segurança, soldados em posição de guarda em um posto do governo, próximo a Bangoc. Nesta quinta-feira, o exército da Tailândia deu um golpe de Estado no país.
Foto: AFP
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Manifestantes anti-governo descansam em um acampamento , montado em Bangoc
Foto: AFP
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Jornalistas entrevistam Luang Pu Buddha Isara, líder dos manifestantes que ocupam o governo. O Exército ordenou que os acampamentos de manifestantes fossem desfeitos, e soldados atiraram para o ar para dispersar ativistas pró-governo unidos nos arredores de Bangcoc
Foto: AFP
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Membro de grupo pró-governo caminha próximo a um soldado tailandês em um acampamento na província de Nakhon Pathom, em Bangoc, em 22 de maio. O Exército ordenou que os acampamentos de manifestantes fossem desfeitos logo após o anpundcio go golpe militar
Foto: Reuters
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Soldados tailandeses tomam suas posições no Clube do Exército após anúncio o comandante do exército, Prayuth Chan-ocha, tomar controle do governo paós um golpe militar
Foto: Reuters
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Militares fazem guarda do lado de fora do Clube do Exército, onde foi realizado um encontro entre facções rivais para a discussão da crise no país, no centro de Bangoc
Foto: Reuters
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Militar prepara para agir próximo ao local onde grupos se reuniram para discutr a crise política na Tailândia, na capital, Bancoc, em 22 de maio. O golpe militar foi aplicado dois dias após o Exército declarar lei marcial no país
Foto: Reuters
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O general Prayuth Chan-ocha desembarca em Bangoc antes do encontro com oficiais do alto escalão, após o Exército declarar lei marcial na tentativa de retomar a ordem no país
Foto: Reuters
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Monges budistas caminham próximos a soldados que montam guarda em um posto de inspeção, perto de um acampamento montado por manifestantes pró-governo em Bangoc, em 22 de maio
Foto: Reuters
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Soldados garantem a segurança do Clube do Exército, onde foi realizado um encontro entre facções rivais para a discussão da crise na Tailândia