Filipinas: milhares invadem aeroporto para tentar deixar cidade destruída

12 nov 2013 - 01h31
(atualizado às 02h19)

Milhares de sobreviventes da passagem do tufão Haiyan nas Filipinas invadiram nesta terça-feira o aeroporto na cidade de Tacloban, uma das mais destruídas do país, em uma tentativa de conseguir um voo para deixar o local. No entanto, apenas algumas centenas tiveram êxito, de acordo com a agência AP.

Com aproximadamente 200 mil habitantes, Tacloban foi uma das mais atingidas pelos ventos o ondas provocados pelo Haiyan. A cidade, como muitas outras, sofre com a falta de comida e água potável, além de estar repleta de corpos pelas ruas. As Nações Unidas estimam 10 mil mortos apenas em Tacloban. A maior parte da cidade está em ruínas, em um emaranhado de casas destruídas, carros e árvores espalhados pelas ruas.

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Pouco depois do amanhecer, dois aviões da Força Aérea C-130s chegaram ao aeroporto do município, juntamente com alguns jatos comerciais e privados. Mais de 3 mil pessoas que estavam acampadas no local passaram por uma barreira e ferro e invadiram a pista, para tentar chegar até as aeronaves. Algumas dezenas de soldados e policiais faziam a proteção e impediam o avanço das pessoas.

Mães e pais levantaram seus bebês acima da cabeça na esperança de conseguir uma preferência de embarque. No entanto, apenas um pequeno grupo teve sucesso. Joselito Caimoy, motorista de 42 anos, conseguiu embarcar a mulher e o filho de 3 anos, mas ficou na cidade para cuidar do que sobrou de sua casa e propriedades.

“Não há água nem comida. As pessoas estão nas ruas, pedido comida a parentes, amigos. A devastação é muito grande... os shoppings, mercados têm sido saqueados. Eles estão vazios, as pessoas estão com fome. E eles (autoridades) não conseguem controlar as pessoas”, lamentou Caimoy.

Autoridades dizem que pelo menos 9,7 milhões de pessoas, em 41 províncias, foram afetados pelo tufão, conhecido como Haiyan na Ásia, mas chamado de Yolanda nas Filipinas. Esse é provavelmente o pior desastre natural a atingir o país.

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Fonte: Terra
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