Forças russas estão construindo uma "longa pista de aterrissagem" no aeroporto de Hamimim, situado nos arredores da cidade de Yabla, na província litorânea de Latakia, informou neste domingo o Observatório Sírio de Direitos Humanos.
Segundo a ONG, que conta com uma ampla rede de ativistas e colaboradores no terreno, a nova pista permitiria a aterrissagem de aviões de grande tamanho nessa região, um dos últimos redutos do regime do presidente sírio, Bashar al Assad.
Além disso, o Observatório assegurou que as forças russas que estão trabalhando em Hamimim proíbem o acesso às obras do aeroporto tanto a civis como a militares sírios.
O Observatório também informou que a esse aeroporto chegaram nas últimas semanas aviões militares carregados com equipamento militar e com centenas de assessores, analistas e técnicos militares russos a bordo, segundo testemunhas citadas pelo Observatório.
Por outra parte, a organização garantiu que a Rússia também está ampliando o aeroporto de Hamidiya, situado no sul da província de Tartus, onde o país possui uma base militar desde a época da Guerra Fria.
O Observatório disse também que soube de informações que apontam que analistas russos estão estudando a possibilidade de ampliar as pistas do aeroporto internacional da capital síria, Damasco.
Por sua parte, Moscou desmentiu as informações veiculadas na imprensa internacional sobre um maior envolvimento da Rússia no conflito sírio e, inclusive, uma possível intervenção militar, o que alarmou os Estados Unidos.
Mesmo assim, a Rússia insistiu que seguirá apoiando o governo de Assad, com o envio de armamento e o treinamento de tropas do regime.
"Nossa presença militar (na Síria) nunca foi um segredo. Nossos especialistas militares trabalham ali ajudando o exército sírio a adaptar-se com nosso armamento. A Rússia não está dando neste momento nenhum passo adicional", garantiu o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, no último dia 10.