Fundadores de protestos em Hong Kong se entregam à polícia

Os três afirmaram que pretendem se entregar à polícia na quarta-feira, em cumprimento ao Estado de direito e ao "princípio de paz e amor"

2 dez 2014 - 06h12
(atualizado às 07h42)
Os três ativistas fundadores dos protestos de Hong Kong vão se entregar à polícia e pediram fim das manifestações
Os três ativistas fundadores dos protestos de Hong Kong vão se entregar à polícia e pediram fim das manifestações
Foto: Bobby Yip / Reuters

Os três fundadores do Occupy Central, principal movimento pró-democracia de Hong Kong, anunciaram nesta terça-feira que se entregarão à polícia e pediram aos manifestantes que abandonem os locais ocupados há mais de dois meses.

"Enquanto nos preparamos para nos entregarmos, nós três pedimos aos estudantes que recuem para transformar a natureza do movimento", afirmou um dos líderes do Occupy Central, Benny Tai.

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O anúncio aconteceu depois que centenas de manifestantes pró-democracia enfrentaram a polícia no domingo, o que deixou dezenas de feridos, em uma das piores noites de violência desde o início dos protestos.

Os três fundadores afirmaram que pretendem se entregar à polícia na quarta-feira, em cumprimento ao Estado de direito e ao "princípio de paz e amor".

"Render-se não é fracassar, e sim uma denúncia silenciosa de um governo sem coração", disse Tai.

O ativista destacou a coragem dos ocupantes e criticou a polícia por estar "fora de controle". Ele disse que chegou o momento para que os manifestantes abandonem este "local perigoso".

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Tai, Chan Kin-man e Chu Yiu-ming fundaram o grupo de desobediência civil Occupy Central no início de 2013 para pressionar o governo por reformas políticas, mas nas últimas semanas optaram por um papel mais discreto, ante o protagonismo crescente dos grupos mais radicais.

Os grupos estudantis Scholarism e a Federação de Estudantes, no entanto, pediram para os manifestantes aumentarem os protestos e os ativistas chegaram a cercar edifícios governamentais, ação que acabou com dezenas de feridos e detidos.

Além disso, o líder do Scholarism, Joshua Wong, iniciou uma greve para colocar mais pressão sobre o governo.

"Estou profundamente triste pela violência imposta aos manifestantes, mas estou orgulhoso de nossos estudantes, de nossos cidadãos, isto é um despertar", disse o reverendo Chu.

Com informações da AFP e EFE.

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Fonte: Terra
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