Governo filipino anuncia balanço de 3.621 mortos por tufão Haiyan

15 nov 2013 - 08h46
(atualizado às 08h58)

O tufão Haiyan que devastou a região central das Filipinas causou a morte de 3.621 pessoas, anunciou nesta sexta-feira o Conselho Nacional para a Redução e a Gestão das Catástrofes Naturais.

Sobreviventes do tufão Haiyan caminham em meio a ruínas do vilarejo de Maraboth, nas Filipinas
Sobreviventes do tufão Haiyan caminham em meio a ruínas do vilarejo de Maraboth, nas Filipinas
Foto: AP

Desde a passagem do tufão, na sexta-feira passada, 1.140 pessoas foram consideradas desaparecidas, afirmou à AFP Reynaldo Balido, porta-voz do organismo governamental.

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O balanço anterior do governo citava 2.360 vítimas e 77 desaparecidos.

Poucas horas antes, o Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários das Nações Unidas (OCHA, na sigla em inglês) anunciou um balanço de 4.460 mortos.

O organismo afirmou ter obtido os dados da unidade regional do comitê filipino, que no entanto desmentiu os números, antes de anunciar o balanço revisado.

Balido afirmou que o aumento do número de mortes foi confirmado após a transmissão de novas informações das autoridades locais.

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"As operações de limpeza (das estradas e das cidades) continua e veremos se encontramos mais corpos nos escombros", disse.

O tufão Haiyan devastou o centro das Filipinas, sobretudo as ilhas de Leyte e de Samar, deixando centenas de milhares de desabrigados, que lutam por acesso à água e comida.

O governo dos Estados Unidos anunciou o envio de 1 mil militares às Filipinas para reforçar o contingente no arquipélago e ajudar nas tarefas de resgate.

Os militares devem chegar em seis dias ao país a bordo dos navios anfíbios USS Germantown e USS Ashland.

Outros 100 marines da mesma unidade serão enviados à região de avião.

Washington envia ao país asiático equipamentos para ajudar na liberação das estradas, geradores e depósitos de água potável.

Outros 5 mil marines chegaram às Filipinas a bordo do porta-aviões USS George Washington, com material logístico, para socorrer as vítimas do supertufão.

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Na China, o jornal oficial Global Times afirmou que o país deve enviar navios de guerra às Filipinas, país com o qual mantém uma disputa territorial, para ajudar as vítimas do tufão Haiyan e contra-atacar a influência dos Estados Unidos e Japão.

"O envio de navios de guerra em tais circunstâncias é bem intencionado. Se Manila não aceitar, ficaria comprovada sua visão estreita", destacou o jornal.

O porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores, Hong Lei, disse que o texto reflete apenas a "opinião do jornal".

China e Filipinas disputam a soberania do atol de Scarborough, a 200 km das costas filipinas, ocupado por Pequim em 2012.

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