A Polícia chinesa anunciou nesta terça-feira a detenção de um cidadão suspeito de divulgar "rumores" através do popular serviço de mensagem instantânea WeChat, a primeira detenção deste tipo desde que as autoridades anunciaram há cinco dias uma nova legislação que limita o uso desta plataforma.
Através de uma conta pública deste serviço, o detido, original da região autônoma de Ningxia (noroeste do país), publicou supostamente várias informações "não confirmadas" sobre ataques e tráfico de bebês, segundo informou a agência oficial Xinhua.
O acusado era o único administrador da conta pública, um perfil que permite a qualquer outro usuário obter informação mediante assinatura e que normalmente é utilizado por empresas, celebridades ou meios de comunicação para enviar notícias a seus seguidores.
Justamente estas contas são o alvo da nova campanha das autoridades, que obrigam a partir de agora os administradores destes perfis a utilizar seu nome real e a "respeitar as leis e regulações, o sistema socialista, os interesses nacionais, os direitos legítimos dos cidadãos, a ordem pública e a moralidade".
O detido, de sobrenome Wang, permanecerá sob custódia policial durante cinco dias, segundo a Xinhua, que não informou no entanto se posteriormente ele vai ser julgado.