Pelo menos 39 pessoas morreram e muitas outras seguem debaixo dos escombros após o desabamento de uma construção ilegal na cidade de Thane, próxima a Mumbai, no oeste da Índia, informou nesta sexta-feira à agência EFE uma fonte policial.
A fonte precisou que as equipes de resgate prosseguem no início da tarde de hoje (hora local) na busca por sobreviventes entre os escombros depois de o desabamento ter ocorrido na tarde de quinta-feira, e indicou que entre as vítimas fatais há pelo menos 11 crianças e 17 mulheres. O acidente ainda deixou 69 pessoas feridas, entre elas 20 crianças e oito mulheres, que foram levadas para quatro hospitais próximos.
Segundo fontes citadas pela imprensa local, o edifício que desabou tinha sete andares e não possuia permissão para construção. O jornal Hindustan Times detalhou que um oitavo andar estava em construção e que cerca de 35 famílias viviam em quatro dos andares habitáveis.
Nas imagens retransmitidas pela televisão poucas horas depois do desmoronamento era possível observar como as equipes de resgate, acompanhados por dezenas de vizinhos, tentavam remover os escombros em busca de alguma pessoa com vida.
Ganesh Naik, ministro do Trabalho do Estado de Maharashtra, cuja capital é Mumbai, reconheceu em entrevista para a rede de televisão NDTV que o imóvel foi construído em apenas um mês e meio e sem o parecer de um arquiteto. "Evidentemente, estava mal feito", admitiu o funcionário, que assegurou, no entanto, que "é difícil identificar os culpados".
De acordo com a imprensa local, os dois donos do imóvel, Jamil Qureshi e Salim Shaikh, desapareceram e a polícia local já os considera foragidos e acusados de homicídio. A NDTV também informou que funcionava no prédio um centro escolar, mas como acidente ocorreu no final da tarde nenhum estudante estava no local.
