Um prédio residencial de cinco andares desabou em Mumbai na madrugada desta sexta-feira, matando pelo menos sete pessoas e deixando dezenas soterradas, no mais recente desastre com edifícios na capital financeira da Índia. No fim da tarde desta sexta-feira, as equipes de resgate haviam conseguido retirar mais de 40 sobreviventes dos escombros do edifício desabado, de propriedade de um órgão do município, a Corporação Municipal da Grande Mumbai, no leste da cidade.
Muitos escavadeiras trabalhavam para erguer algumas das maiores lajes de concreto, permitindo que as equipes de resgate, utilizando equipamentos pesados, retirassem corpos e procurassem por sobreviventes. Sete corpos foram recuperados, e as equipes de resgate também retiraram 22 pessoas feridas - todas enviadas para hospitais locais -, além de outras 20 ilesas, declarou à AFP o porta-voz da corporação, Vijay Khabale-Patil. Cerca de 11 horas após o colapso, uma menina foi retirada viva dos escombros em meio aos aplausos da multidão. Outro homem foi resgatado mais tarde aos gritos de louvor a um deus hindu popular.
Não está claro quantas pessoas permaneciam soterradas, mas as autoridades locais afirmaram que 22 famílias viviam no edifício. "O trabalho ainda está em andamento", disse Khabale-Patil, acrescentando que o balanço final de mortos e feridos ainda não havia sido divulgado. "Meu coração está batendo de medo. Estou apenas torcendo", disse a dona de casa chorosa Shanta Makwana, cuja filha e netos ficaram presos dentro do prédio, no qual ela também vivia.
Multidões de mulheres que esperavam nas proximidades por notícias podiam ser ouvidas chorando. Um ursinho de pelúcia destruído e um fogão a gás desmantelado estavam entre os itens que apareciam em meio aos escombros. "O prédio tinha cerca de 30 anos. Nós tínhamos emitido um aviso para eles em abril, para desocuparem o prédio, mas eles não agiram", declarou o porta-voz Khabale-Patil. Ele não explicou por que as famílias foram convidadas a se retirar.
Outros cinco prédios desabaram em Mumbai ou em suas proximidades nos últimos meses, incluindo um em abril, que matou 74 pessoas. Três prédios desabaram em junho, matando 25 pessoas. Acredita-se que as fortes chuvas registradas nas temporadas de monções tenham agravado seus problemas estruturais.