Interpol acusa Malásia de falhas em controle de passaportes

Segundo a Interpol, é inaceitável que as autoridades malaias culpem a própria polícia internacional ou a tecnologia pelo ocorrido

28 mar 2014 - 20h37
(atualizado às 20h57)

A Interpol rejeitou nesta sexta-feira qualquer responsabilidade nos erros na identificação dos passageiros do voo MH370, que sumiu no Oceano Índico, e acusou pelas falhas "apenas" as autoridades da Malásia.

<p>Secretário geral da Interpol, Ronald Kenneth, participa, junto de autoridades policiais de coletiva de imprensa sobre passageiros que embarcaram no voo MH370 com passaportes falsos, em Lyon, em 11 de março</p>
Secretário geral da Interpol, Ronald Kenneth, participa, junto de autoridades policiais de coletiva de imprensa sobre passageiros que embarcaram no voo MH370 com passaportes falsos, em Lyon, em 11 de março
Foto: AFP

"A decisão da Malásia de não consultar a base de dados da Interpol de documentos perdidos ou roubados antes de deixar que viajantes entrem no país ou embarquem em aviões não pode ser defendida acusando falsamente a tecnologia ou a Interpol", informou a organização policial em comunicado.

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Na mesma nota acrescentou que "se há alguma responsabilidade ou culpa por esta falha é apenas do Departamento de Imigração da Malásia".

"O fato é que os Estados Unidos consultam essa base de dados mais de 230 milhões de vezes por ano, o Reino Unido mais de 140 milhões de vezes, os Emirados Árabes Unidos 100 milhões de vezes e Cingapura 29 milhões de vezes", acrescentou na nota.

"A realidade é que antes do trágico desaparecimento do voo MH370 da Malasyan Airlines, o Departamento de Imigração da Malásia não realizou uma só comprovação dos passaportes na base de dados de Interpol", dizia a nota da organização policial internacional com sede em Lyon, no leste da França.

Isso explicaria por que dois indivíduos com passaportes roubados de um australiano e um italiano puderam embarcar no avião que depois sumiu com 239 pessoas a bordo.

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As autoridades já consideram que todos os passageiros estão mortos depois que vários satélites localizaram no Oceano Índico o que parecem ser restos do avião.

Apesar dos "ataques injustificados" contra a Interpol, a organização policial se mostrou disposta a ajudar à Malásia."Seguimos dispostos, desejosos e capazes de ajudar à Malásia a proteger melhor seus cidadãos e visitantes daqueles que utilizam identidades roubadas ou alteradas para embarcar em aviões", concluiu a Interpol.

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