Japão exige respeito russo: pleito na Crimeia foi "ilegal"

17 mar 2014 - 02h35
(atualizado às 02h37)

O governo japonês qualificou nesta segunda-feira de "ilegal" o referendo de adesão à Rússia realizado ontem na Crimeia, e exigiu que Moscou respeite a soberania e a integridade territorial da Ucrânia.

A consulta, que segundo os resultados oficiais provisóriosderam um sonoro sim à reunificação com a Rússia, "não tem validade jurídica", afirmou hoje o ministro porta-voz do Japão, Yoshihide Suga, em entrevista coletiva.

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Por isso o executivo japonês exigiu que a Rússia "respeite a lei internacional em sua totalidade, assim como a soberania e a integridade territorial da Ucrânia", assinalou Suga. Na mesma linha, o Japão pediu "que (a Rússia) não dê nenhum passo para a incorporação da Crimeia".

"Daremos uma resposta apropriada após observar o debate das partes envolvidas como a União Europeia (UE), a resposta da Rússia e a situação na Ucrânia", disse o ministro japonês de Relações Exteriores, Fumio Kishida.

Altos oficiais do governo anunciaram hoje que o Japão "continuará trabalhando" com as outras seis grandes potências do G7 (EUA, Canadá, Alemanha, Reino Unido, França e Itália) mais a União Europeia, para dar uma resposta coordenada à situação na Ucrânia, publicou a agência "Kyodo".

Em particular, o executivo japonês cogita impor sanções econômicas similares às anunciadas pelos Estados Unidos e pela UE na semana passada para pressionar Moscou, e que incluem o congelamento de vistos e ativos de altos funcionários russos e ucranianos.

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Japão mediu suas reações na crise da Ucrânia para não deteriorar sua relação com a Rússia, país com o qual mantém uma disputa territorial sobre as ilhas Curilas meridionais (no nordeste de Hokkaido).

  
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