O Japão aprovou nesta quarta-feira uma legislação que proíbe a posse de pornografia infantil, uma medida exigida há alguns anos por vários grupos da sociedade civil.
Até o momento, apenas a produção e a distribuição de documentos de pornografia infantil estavam proibidas e eram penalizadas no país, mas não a simples posse.
O Senado japonês aprovou com folga o texto, que prevê penas de prisão de até um ano e multa de até um milhão de ienes (mais de R$ 22 mil) para os proprietários de material sexual com crianças.
Para estimular os eventuais proprietários deste tipo de material pornográfico a destruir os arquivos, as punições começarão a ser aplicadas um ano depois da entrada em vigor da lei, prevista para julho.
O texto aprovado nesta quarta-feira considera ilegal a posse de fotos ou de vídeos de menores de 18 anos "com o objetivo de satisfazer seus desejos sexuais (dos proprietários)".
Antes da aprovação da nova legislação, o Japão era o único país do G7, grupo de países mais ricos do planeta, no qual a posse de pornografia infantil era legal.
Mas o texto aprovado envolve apenas os menores de idade e não os mangás ou outros desenhos e vídeos de animação.
Os turistas que viajam ao país observam quase imediatamente a quase onipresente indústria pornográfica.
Sob a pressão dos produtores de mangá, das editoras e dos defensores da liberdade de expressão, a lei adotada não afeta as histórias em quadrinhos e os filmes de animação.