Jihadistas matam 19 civis durante combates no sul das Filipinas

28 mai 2017 - 06h54

Dezenove civis foram mortos pelos jihadistas que espalharam o terror na cidade filipina de Marawi, informou neste domingo o Exército, que tenta deter os rebeldes no sexto dia de combates que já causaram 95 mortes.

As Forças Armadas filipinas acharam hoje os corpos de sete adultos (quatro homens e três mulheres) e de um menino, mortos pelo Grupo Maute, uma organização ligada ao Estado Islâmico (EI), disse à Agência Efe um porta-voz militar, Restituto Padilla.

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O Exército realizou hoje novos ataques aéreos "de precisão", afirmou, para tomar o controle das últimas áreas da cidade que estão nas mãos dos jihadistas.

As forças governamentais sofreram 15 baixas (11 soldados e quatro policiais) e mataram 61 rebeldes, segundo a última recontagem, com o que o número total de mortos militares e civis chegaria a 95 desde que na terça-feira passada começaram os combates.

A crise de Marawi começou quando militantes armados do Grupo Maute tentaram tomar a cidade depois que as Forças Armadas realizaram uma operação para capturar Isnilon Hapilon, o islamita mais procurado do país, colaborador do EI e que figura na lista de terroristas procurados pelos Estados Unidos.

Os guerrilheiros islamitas espalharam o pânico nesta cidade de 200 mil habitantes ao atear fogo à delegacia, a um colégio, a uma prisão e a uma igreja, onde sequestraram um padre e 13 paroquianos que ainda mantêm no seu poder, informou a Conferência Episcopal de Manila.

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Os membros do Grupo Maute chegaram a desfilar encapuzados e a bordo de veículos portando bandeiras pretas do Estado Islâmico pelas ruas de Marawi, onde tomaram o controle de várias instalações municipais e de um hospital até que chegaram os reforços do Exército.

O presidente filipino, Rodrigo Duterte, declarou lei marcial em toda a ilha de Mindanao, onde vivem 22 milhões de pessoas, e não descarta estendê-la a novas regiões se considerar necessário.

O Grupo Maute e o Abu Sayyaf são os grupos jihadistas mais ativos dos vários que operam na ilha de Mindanao, palco de um velho conflito separatista islâmico que causou entre 100 mil e 150 mil mortos nas últimas quatro décadas.

  
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