A junta militar que governa a Tailândia anunciou nesta sexta-feira a detenção de um líder do movimento contrário ao golpe, Sombat Boonngamanong, que estava foragido.
O ativista, que iniciou uma campanha online para organizar comícios e e eventos contra o golpe militar, foi detido na quinta-feira na província de Chonburi, anunciou o porta-voz militar, Sirichan Ngathong.
"A princípio enfrenta acusações por violar uma ordem de comparecer ante a junta, o que pode representar uma pena de dois anos de prisão", disse o porta-voz.
Sombat Boonngamanong foi uma das centenas de pessoas - incluindo políticos, ativistas, acadêmicos e jornalistas, entre outros - convocadas pelos militares após o golpe de Estado de 22 de maio.
Ele é líder de uma facção dos "Camisas Vermelhas", movimento que apoia o exiliado ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra e sua irmã Yingluck, recentemente destituída da chefia de Governo pela justiça, pouco antes do golpe.
Sombat escreveu em sua página no Facebook "Catch me if you can" ("Prenda-me Se For Capaz", em referência ao filme de Steven Spielberg protagonizado por Leonardo Di Caprio). O título foi usado como lema pelos opositores ao golpe militar.
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Também foi ele que idealizou a adoção do gesto de reconhecimento inspirado em outro filme, "Jogos Vorazes": três dedos levantados, que agora também simbolizam um desafio (pacífico) à junta militar.
Os manifestantes adotaram imediatamente a ideia, que ganhou força rapidamente com a ajuda da internet.
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Soldados tailandeses montam guarda no Clube do Exército, depois que o general Prayuth Chan-ocha se reuniu com líderes anti-governo, no local, no centro de Bangoc
Foto: AFP
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Imagem mostra, em meio a arames de segurança, soldados em posição de guarda em um posto do governo, próximo a Bangoc. Nesta quinta-feira, o exército da Tailândia deu um golpe de Estado no país.
Foto: AFP
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Manifestantes anti-governo descansam em um acampamento , montado em Bangoc
Foto: AFP
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Jornalistas entrevistam Luang Pu Buddha Isara, líder dos manifestantes que ocupam o governo. O Exército ordenou que os acampamentos de manifestantes fossem desfeitos, e soldados atiraram para o ar para dispersar ativistas pró-governo unidos nos arredores de Bangcoc
Foto: AFP
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Membro de grupo pró-governo caminha próximo a um soldado tailandês em um acampamento na província de Nakhon Pathom, em Bangoc, em 22 de maio. O Exército ordenou que os acampamentos de manifestantes fossem desfeitos logo após o anpundcio go golpe militar
Foto: Reuters
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Soldados tailandeses tomam suas posições no Clube do Exército após anúncio o comandante do exército, Prayuth Chan-ocha, tomar controle do governo paós um golpe militar
Foto: Reuters
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Militares fazem guarda do lado de fora do Clube do Exército, onde foi realizado um encontro entre facções rivais para a discussão da crise no país, no centro de Bangoc
Foto: Reuters
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Militar prepara para agir próximo ao local onde grupos se reuniram para discutr a crise política na Tailândia, na capital, Bancoc, em 22 de maio. O golpe militar foi aplicado dois dias após o Exército declarar lei marcial no país
Foto: Reuters
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O general Prayuth Chan-ocha desembarca em Bangoc antes do encontro com oficiais do alto escalão, após o Exército declarar lei marcial na tentativa de retomar a ordem no país
Foto: Reuters
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Monges budistas caminham próximos a soldados que montam guarda em um posto de inspeção, perto de um acampamento montado por manifestantes pró-governo em Bangoc, em 22 de maio
Foto: Reuters
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Soldados garantem a segurança do Clube do Exército, onde foi realizado um encontro entre facções rivais para a discussão da crise na Tailândia
Foto: Reuters
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