Justiça chinesa examina polêmico método para 'curar' gays

Homem afirma ter recebido eletrochoques enquanto pensava em cenas eróticas homossexuais em uma clínica de Chongqing

31 jul 2014 - 09h45
(atualizado às 09h54)
<p>Ativistas dos direitos dos gays posam para jornalistas durante protesto do lado de fora de um tribunal onde o primeiro processo judicial na China envolvendo a chamada terapia de conversão é realizada em Pequim, em 31 de julho</p>
Ativistas dos direitos dos gays posam para jornalistas durante protesto do lado de fora de um tribunal onde o primeiro processo judicial na China envolvendo a chamada terapia de conversão é realizada em Pequim, em 31 de julho
Foto: Ng Han Guan / AP

Um tribunal chinês está examinando pela primeira vez os controvertidos tratamentos de 'cura' da homossexualidade, em um processo que os defensores da causa LGBT esperam conseguir uma mudança de mentalidade no país.

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Os juízes chineses analisam a queixa apresentada por Xiao Zhen, que afirma ter sido traumatizado pelos tratamentos sofridos em uma clínica de Chongqing para "corrigir sua orientação sexual".

Na sessão de tratamento, o pessoal da clínica pediu que ele pensasse em cenas eróticas homossexuais enquanto administravam eletrochoques.

Apesar de em 2001 as autoridades chinesas retirarem oficialmente a homossexualidade de sua lista de doenças mentais, os gays, lésbicas e bissexuais chineses continuam submetidos a uma forte pressão familiar e social, que os obriga a se submeter a tratamentos de cura ou casar com o sexo oposto.

Para os militantes chineses da causa homossexual, este processo representa uma etapa simbólica em sua luta.

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As "terapias de conversão sexual" começaram a ser aplicadas no mundo a partir do início do século XX, mas agora as autoridades sanitárias em sua maioria as consideram não científicas, ineficazes e, inclusive, perigosas.

No entanto, é uma indústria lucrativa e mantida em países como Cingapura, Reino Unido e Estados Unidos.

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