O líder norte-coreano Kim Jong-un disse que está disposto a realizar "conversas de alto nível" com a Coreia do Sul.
O presidente fez a afirmação durante sua mensagem de fim de ano, transmitida pela TV estatal, nesta quinta-feira
Kim Jong-un disse que, se as condições de Pyongyang forem cumpridas, poderia até realizar uma reunião de cúpula com o presidente sul-coreano, Park Guen-hye.
Na segunda-feira, a Coreia do Sul apelou pela retomada do diálogo em uma série de questões, incluindo a união de famílias separadas pela Guerra da Coreia (1950-53).
"Dependendo do humor e das circunstâncias, não há nenhuma razão para não realizar uma reunião de alto nível", disse o líder norte-coreano.
Mas o correspondente da BBC em Seul, Kevin Kim, diz que não está claro quais são as reais possibilidades de uma reunião entre os dois presidentes, já que as tensões militares entre as duas Coreias cresceram nos últimos meses.
Na segunda-feira, o ministro da Unificação da Coreia do Sul, Ryoo Kihl-jae, disse que "a Coreia do Norte e a do Sul deveriam se encontrar frente a frente para elaborar um plano para uma unificação pacífica".
A Coreia do Norte costuma ver os planos de unificação do Sul como uma tentativa da vizinha de tomá-la.
Ryoo disse que esperava que a Coreia do Norte "respondesse positivamente" à sugestão.
Ele sugeriu que o encontro ocorresse em Seul, Pyongyang ou qualquer outra cidade da Coreia do Sul ou do Norte.
As últimas conversas de alto nível formais ocorreram em fevereiro de 2014, levando a reuniões raras de famílias coreanas separadas há mais de 60 anos, desde o fim da guerra.
Mas outras conversas planejadas para outubro foram canceladas depois que a Coreia do Norte acusou a do Sul de não fazer o suficiente para impedir que ativistas enviassem folhetos com mensagens contra o regime totalitário norte-coreano pela fronteira, usando balões.
As duas Coreias estão tecnicamente em guerra desde que o conflito dos anos 50 terminou com um armistício em vez de um tratado de paz.