Kim Jong-un ordena novos testes nucleares da Coreia do Norte

11 mar 2016 - 08h00
(atualizado às 15h25)
Foto: EFE

O líder norte-coreano, Kim Jong-un, ordenou nesta sexta-feira (data local) que seu exército prepare novos testes nucleares, em pleno aumento da tensão na península coreana pelas sanções internacionais sobre Pyongyang e pelas manobras militares de Seul e Washington.

Kim destacou a necessidade de desenvolver mais armamento atômico "para poder executar ataques nucleares ao inimigo de qualquer ponto na terra, ar, mar ou sob a água", segundo informa a agência estatal norte-coreana KCNA.

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O líder norte-coreano fez estas declarações durante o lançamento de um míssil balístico, segundo o meio oficial do regime, que não detalhou quando aconteceu.

Kim "deu instruções para dirigir mais testes de explosões nucleares e estimar assim o poder destrutivo de ogivas nucleares de nova produção, além de outros testes para aumentar a capacidade de realizar ataques nucleares", afirmou a KCNA.

O jovem ditador lançou uma mensagem de advertência à Coreia do Sul ao afirmar que "se for destruída uma só árvore em nosso inviolável território, será emitida a ordem de lançar um ataque com todos os meios militares, incluídas as armas nucleares".

O governo da Coreia do Sul reagiu à nova ameaça do Norte assegurando que "está preparado para responder imediatamente a qualquer provocação", indicou um porta-voz do Ministério da Unificação.

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Ontem a Coreia do Norte lançou ao mar dois potentes mísseis de curto alcance, em um momento de máxima pressão para o regime devido à adoção de novas e mais duras sanções internacionais contra Pyongyang e às manobras militares realizadas por Coreia do Sul e Estados Unidos.

Seul acredita que foram mísseis tipo Scud, o que representaria a primeira vez em 2016 que o Exército Popular norte-coreano lança este tipo de projétil desenvolvido na União Soviética há seis décadas.

Pyongyang intensificou sua retórica belicista e suas exibições de poderio militar desde a adoção de novas sanções internacionais contra o país, por causa de seu quarto teste nuclear do 6 de janeiro e o lançamento de um foguete espacial, em 7 de fevereiro, considerado um teste de mísseis encoberto.

Kim reiterou hoje "a necessidade de melhorar constantemente a capacidade de ataque nuclear impulsionando a cooperação entre as áreas de pesquisa de armas nucleares e de foguetes", segundo o comunicado de KCNA.

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Além disso, Coreia do Sul e Estados Unidos, contrários a tolerar os avanços armamentistas do regime de Kim Jong-un, realizam atualmente as maiores manobras conjuntas de sua história em solo sul-coreano, nas quais participam mais de 17 mil tropas americanas e 300 mil do país asiático.

  
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