Malásia muda versão das últimas palavras ditas por piloto

"Boa noite, Malaysia três sete zero", teria falado à torre de controle um dos pilotos do voo Malaysia Airlines, minutos antes de o boeing desaparecer

31 mar 2014 - 21h41
(atualizado às 21h49)
<p>Parente de um dos passageiros do voo MH370 chora enquanto reza pelas 239 pessoas a bordo do avião desaparecido, em 08 de março</p>
Parente de um dos passageiros do voo MH370 chora enquanto reza pelas 239 pessoas a bordo do avião desaparecido, em 08 de março
Foto: Reuters

As últimas palavras ditas por um dos pilotos do avião desaparecido da Malaysia Airlines para a torre de controle foram "Boa noite, Malaysian três sete zero", afirmou a autoridade de aviação civil da Malásia, mudando o relato anterior da última mensagem, que era um despreocupado "Tudo bem, boa noite".

A correção do relato oficial das últimas palavras foi feita enquanto as autoridades malaias enfrentam pesadas críticas pelo modo como lidaram com o desaparecimento, em especial por parte dos familiares dos passageiros chineses a bordo de voo MH370, que acusaram a Malásia de administrar mal as buscas e reter informações.

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"Gostaríamos de confirmar que a última conversa na transcrição entre o controlador de tráfego aéreo e a cabine foi à 1h19 (horário da Malásia) e foi "Boa noite, Malaysia três sete zero", informou o Departamento de Aviação Civil em um comunicado nesta segunda-feira.

O embaixador da Malásia na China havia dito a famílias chinesas em Pequim, em 12 de março, quatro dias após o avião desaparecer, que as últimas palavras foram "Tudo bem, boa noite".

"Boa noite, Malaysia três sete zero" seria um aviso mais formal de fim de uma transmissão, feito a partir da cabine do Boeing 777, que estava de saída do espaço aéreo controlado pela Malásia em sua rota de Kuala Lumpur para Pequim.

Minutos depois, as comunicações foram cortadas e o avião fez meia volta, cruzando a Malásia em direção ao oceano Índico. Passadas mais de três semanas, um enorme esforço de busca internacional está em andamento no sul do Índico, a oeste da Austrália, mas até agora não foram encontrados destroços.

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O comunicado da autoridade da aviação civil surgiu depois que o ministro interino dos Transportes, Hishammuddin Hussein, foi questionado em uma entrevista coletiva nesta segunda-feira sobre as últimas palavras da cabine e rejeitou os pedidos para liberar a transcrição oficial.

Segundo o comunicado, as autoridades ainda estavam realizando "investigação forense" para determinar se as últimas palavras vindas da cabine foram do piloto ou do copiloto. Anteriormente, a Malaysia Airlines havia dito que se acreditava que as palavras fossem do copiloto.

O departamento de aviação civil afirmou que a equipe de investigação foi instruída a liberar a transcrição completa na próxima reunião com os familiares.

A Malásia diz que o avião, que desapareceu menos de uma hora após o início do voo, pode ter sido desviado deliberadamente para longe da rota. Os investigadores não encontraram nenhum motivo aparente ou outros fatos que chamassem a atenção entre os 227 passageiros e 12 tripulantes. Cerca de dois terços dos passageiros eram chineses.

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Manifestações de esperança são dedicadas a desaparecidos do MH370

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