Mau tempo complica operações de resgate fora de Catmandu

Segundo o último balanço oficial divulgado pelas autoridades, o total de mortos chega a 4.349 e o de feridos a 8.517

28 abr 2015 - 06h32
(atualizado às 07h37)
Homem segura uma criança, ferida no terremoto de sábado, depois que soldados indianos os levaram de Trishuli Bazar ao aeroporto em Katmandu, no Nepal, nesta segunda-feira
Homem segura uma criança, ferida no terremoto de sábado, depois que soldados indianos os levaram de Trishuli Bazar ao aeroporto em Katmandu, no Nepal, nesta segunda-feira
Foto: Jitendra Prakash / Reuters

O Ministro de Conservação do Solo e das Florestas do Nepal, Manesh Acharya, disse nesta terça-feira à Agencia EFE que as condições meteorológicas ruins em grande parte das áreas afetadas pelo terremoto de magnitude 7,8 que devastou o Nepal no último sábado complicaram muito os trabalhos de resgate fora de Katmandu, capital do país.

Segundo o ministro, helicópteros MI-17 enviados pela Índia não conseguiram chegar às zonas mais prejudicadas por causa do mau tempo. Acharya evitou também fazer estimativas sobre o número total de mortos pela tragédia, que segundo o último balanço oficial divulgado hoje chegou a 4.349.

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"Nossa prioridade neste momento é encontrar pessoas soterradas e resgatá-las (...). Para nós, o resgate é muito mais importante que os números", disse o ministro, que reconheceu que o país não estava preparado para um desastre desse porte.

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Foto: Bernat Armangue / AP

O primeiro-ministro do país, Sushil Koirala, admitiu ontem durante um encontro com representantes dos partidos políticos nepaleses que as operações de busca e resgate não foram efetivas até então, afirma o jornal local Kantipur.

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De acordo com Koirala, o governo está recebendo pedidos de ajuda de todo o país, mas é incapaz de dar a resposta adequada devido ao corte das comunicações e a falta de preparação das equipes.

A oposição também lamentou a ineficácia da resposta do governo ao terremoto e pediu o envolvimento de todos no país para atender às necessidades da população.

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O terremoto de sábado foi o de maior magnitude registrado no Nepal em quase 80 anos, além de ter sido o pior que atingiu a região desde 2005, quando um tremor matou mais de 84 mil pessoas na Caxemira, na vizinha Índia.

Cruz Vermelha também reporta dificuldades de ajuda

A Cruz Vermelha (CV) está tentando distribuir pacotes de ajuda a 20 mil famílias em Katmandu, mas enfrenta dificuldades por causa da situação em que a cidade se encontra após o terremoto que devastou o Nepal no último sábado.

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O representante do órgão no país, Rajendra Rokaha, disse à Agência Efe que a repartição do auxílio está sendo realizada nos 11 distritos mais afetados da capital, onde mais de 1.000 pessoas morreram devido ao tremor de magnitude 7,8.

Segundo o último balanço oficial divulgado pelas autoridades, o total de mortos chega a 4.349 e o de feridos a 8.517. Por enquanto, não há informações sobre a quantidade de desaparecidos na tragédia.

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O pacote de ajuda distribuído pela Cruz Vermelha inclui uma pequena barraca e cobertores, elementos necessários para dar abrigo às milhares de pessoas que se encontram nas ruas da capital porque perderam suas casas ou por medo de novos desabamentos.

Vários acampamentos foram montados em Katmandu pelo governo que, no entanto, não é capaz de fornecer barracas a todos os desabrigados, que improvisam usando roupas e cobertores amarrados.

Rokaha indicou que a Cruz Vermelha está trabalhando com as autoridades locais para tentar atender ao maior número de pessoas possível. Ontem, a ONG lançou uma campanha de doação para fornecer auxílio a 75 mil desabrigados, solicitando doações de 32,3 milhões de euros (cerca de R$ 102 milhões).

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O terremoto de sábado foi o de maior magnitude registrado no Nepal em quase 80 anos, além de ter sido o pior que atingiu a região desde 2005, quando um tremor matou mais de 84 mil pessoas na Caxemira, na vizinha Índia.

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