Médico acusado de colaborar na morte de Bin Laden tem pena reduzida

15 mar 2014 - 13h40
(atualizado às 13h56)

A condenação de um médico que teria ajudado os Estados Unidos a descobrir o paradeiro de Osama Bin Laden foi reduzida em dez anos por pelo tribunal paquistanês, conforme a decisão anunciada neste sábado

Shakil Afridi é acusado pelo governo do Paquistão de realizar uma campanha de vacinação falsa para tentar confirmar a presença do ex-líder do grupo Al Qaeda na cidade de Abbottabad, no norte do país.

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A sentença inicial de Afridi, de 33 anos, era vista por muitos observadores internacionais como uma punição por seu papel na morte de Bin Laden, em 2011.

O ex-líder da Al Qaeda foi morto a tiros por forças americanas durante uma incursão surpresa em sua residência.

Segundo o governo americano, o corpo de Bin Laden foi retirado do Paquistão e jogado no mar. Sua localização exata nunca foi revelada.

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A operação secreta realizada pelos Estados Unidos provocou embaraço nas autoridades paquistanesas, que não haviam sido informadas sobre a incursão militar.O episódio desgastou ainda mais a relação entre os dois países.

<p> Bin Laden foi encontrado em um quarto da casa, onde buscou proteção atrás de uma de suas mulheres. Ele, que não estava armado (embora perto houvesse uma arma), morreu com um tiro na cabeça</p>
Bin Laden foi encontrado em um quarto da casa, onde buscou proteção atrás de uma de suas mulheres. Ele, que não estava armado (embora perto houvesse uma arma), morreu com um tiro na cabeça
Foto: AFP

Condenação

Uma corte tribal condenou Afridi em maio de 2012, pelo crime de traição por acusações de associação a grupo militante.

Neste sábado, um tribunal da cidade de Peshawar, no norte do país, reduziu sua sentença para 23 anos após apelações de seus parentes e dos Estados Unidos.

O advogado de Afridi, Qamar Nadeem, afirmou que a condenação pelo crime de traição foi mantida, mas uma outra acusação acabou suspensa.

Nadeem levantou a possibilidade de uma nova apelação a uma instância superior uma vez que parentes de Afridi reivindicam um novo julgamento para o médico.

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Afridi é acusado de ter cooperado com a CIA, a agência de inteligência americana, ao criar um programa de vacinação contra hepatite para identificar o paradeiro de Bin Laden. Por meio de seus advogados, o médico negou ter ajudado os Estados Unidos.

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