MH370: sinal acústico não era de avião sumido, diz Austrália

Nesta segunda-feira, um oficial da Marinha dos EUA também disse que sinais não vinham da caixa-preta

29 mai 2014 - 10h44
Austrália diz que busca de avião em área no sul do Oceano Índico deve ser encerrada, pois sinais não são de avião sumido
Austrália diz que busca de avião em área no sul do Oceano Índico deve ser encerrada, pois sinais não são de avião sumido
Foto: Reuters

A busca pelo avião desaparecido da Malaysia Airlines sofreu novo revés nesta quinta-feira, após autoridades australianas terem dito que a carcaça da aeronave não estava no leito marítimo na área que haviam identificado como local da queda.

Nesta segunda-feira, o diretor adjunto em engenharia oceânica da Marinha dos Estados Unidos, Michael Dean, também afirmou que os sinais não teriam vindo da caixa-preta, o que a Marinha disse ter sido uma informação "especulativos e prematuros". 

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O vôo MH370, que levava 239 passageiros e tripulantes, desapareceu das telas de radar em 8 de março, pouco após decolar de Kuala Lumpur com destino a Pequim.

O navio australiano Ocean Shield foi atrelado como parte da busca de MH370, mas o navio está agora no porto, enquanto um problema no transponder é arrumado
Foto: Reuters

Investigadores dizem que há poucas evidências com que possam trabalhar, incluindo a perda de comunicações, o que sugere que o Boeing 777 foi deliberadamente desviado em milhares de quilômetros de sua rota original.

A busca quase chegou a uma conclusão no mês passado, após uma série de sinais acústicos (chamados de “pings"), que se acreditava serem da caixa preta do avião, ter sido ouvida próximo do local onde a análise de dados de satélites indicou sua última localização, a cerca de 1.600 quilômetros da costa noroeste da Austrália.

“A Agência de Segurança de Transporte da Austrália (ATSB, na sigla em inglês) aconselhou que as buscas na área onde foram detectados sinais acústicos sejam encerradas e, em seu parecer profissional, a região pode ser descartada como o local em que está o MH370”, disse a entidade em um comunicado.

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Área de buscas chegou a 4,5 mil metros de profundidade do leito marinho
Foto: Reuters

O chefe da ATSB, Martin Dolan, disse à Reuters que espera que sua equipe leve de duas a três semanas para reavaliar os dados, embora tenha dito estar “confiante” de que o avião esteja no oceano Índico.

“Não sabemos o que foram esses pings”, disse Dolan por telefone. “Ainda estamos analisando estes sinais para entendê-los melhor.”

A descoberta dos sinais nos dias 5 e 8 de abril foi considerada um avanço significativo. Entretanto, uma busca completa pela área de 850 quilômetros quadrados ao redor dos “pings" com um submarino não tripulado americano foi inconclusiva.

Nenhum escombro do avião foi encontrado, apesar dos esforços mais abrangentes e mais custosos da história da aviação.

Quem estava a bordo do voo MH370

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