O governo de Mianmar afirmou nesta terça-feira que o país não tem mais prisioneiros políticos, depois de anunciar uma ampla anistia destinada a cumprir a promessa do presidente Thein Sein de libertar a todos até o fim do ano.
"Graças a duas anistias, não há mais prisioneiros políticos", escreveu no Facebook o porta-voz presidencial Ye Htut, sem revelar o número de prisioneiros envolvidos ou quando exatamente serão libertados. "Queria anunciar que o presidente cumpriu sua promessa ao povo, porque não teremos mais prisioneiros políticos ao fim de 2013", completou o porta-voz.
O presidente Thein Sein decretou na segunda-feira à tarde uma anistia para todos os detentos condenados por traição, rebelião, manifestação ilegal e outras infrações das leis rígidas utilizadas pela antiga junta militar contra os opositores.
Outra anistia, pronunciada de maneira separada, envolve cinco prisioneiros políticos condenados por outras acusações. Desde a dissolução da junta militar em março de 2011, o regime libertou progressivamente centenas de opositores, incluindo monges budistas, advogados e jornalistas.
Defensores dos direitos humanos anunciaram recentemente que 40 presos políticos permaneciam detidos e mais de 200 aguardavam processo, acusados principalmente de manifestação sem autorização. A anistia anunciada na segunda-feira também é aplicada aos que aguardam processo.