Milhares de manifestantes cercaram neste domingo os escritórios do governo de Hong Kong em um novo protesto para exigir eleições democráticas na cidade, e um desdobramento policial de três mil agentes foi destacado para contê-los.
Convocados pelos dois agrupamentos estudantis que lideram os maciças protestos desde fim de setembro, Schoralism e a Federação de Estudantes de Hong Kong, milhares de cidadãos continuam agora em frente ao edifício do Conselho Legislativo - o parlamento - e ao escritório do chefe do governo local.
Os protestos exigem a instauração do voto universal sem restrições para as próximas eleições de 2017.
Passadas as 21h (locais, 11h de Brasília), milhares de cidadãos que estavam em um dos três assentamento dos protestos situado no distrito de Admiralty, no centro da cidade, se dirigiram para os edifícios do governo, a maioria usando óculos protetoras, capacetes, e guarda-chuvas.
Mais de três mil policiais bloquearam os acessos às dependências do governo por diversos pontos.
Algumas testemunhas disseram que a polícia usou gás pimenta duas vezes e carregou contra os manifestantes com cassetetes para tentar dispersá-los, mas sem sucesso.
Responsáveis da Federação de Estudantes pediram que os manifestantes evitassem enfrentamentos com a polícia.
Enquanto isso, no bairro de Mong Kok, outra das áreas onde os manifestantes estavam acampados até serem desalojados esta semana, centenas de pessoas voltaram a se reunir hoje, com cerca de quatro mil policiais desdobrados no bairro para tentar evitar que o tráfego seja bloqueado novamente.
Membros dos agrupamentos estudantis convocados tinham pedido hoje aos manifestantes que fossem à área ocupada de Admiralty de capacetes, óculos e guarda-chuvas para iniciar uma nova campanha de protestos com a intenção de pressionar ainda mais o governo.