Ministros do Japão, China e Coreia do Sul se reúnem em Seul

O encontro foi o primeiro trilateral entre máximos representantes diplomáticos dos três países desde abril de 2012

21 mar 2015 - 08h41
(atualizado às 20h11)

Coreia do Sul, Japão e China alcançaram acercar posturas neste sábado (21) em reunião em Seul na qual participaram seus respectivos ministros das Relações Exteriores e contribuiu para melhorar ligeiramente a tensão diplomática entre eles por suas diferenças históricas e territoriais.

<p>Chanceler sul-coreano, Yun Byung-se, o japonês, Fumio Kishida, e o chinês, Wang Yi, brindam durante banquete em Seul, neste sábado (21)</p>
Chanceler sul-coreano, Yun Byung-se, o japonês, Fumio Kishida, e o chinês, Wang Yi, brindam durante banquete em Seul, neste sábado (21)
Foto: Kim Hong-Ji / Reuters

O encontro mantido pelo chanceler sul-coreano, Yun Byung-se, o japonês, Fumio Kishida, e o chinês, Wang Yi, foi o primeiro trilateral entre máximos representantes diplomáticos dos três países desde abril de 2012.

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A reunião serviu para aparar as diferenças especialmente entre Seul e Tóquio, que acordaram convocar uma reunião entre a presidente sul-coreana, Park Geun-hye, e o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, "o mais rápido possível", segundo declarações de Kishida recolhidas pela agência Kyodo.

Os dois líderes não se reúnem desde que chegaram a seus cargos há algo mais de dois anos.

'Mulheres de conforto'

No entanto, esta aparente aproximação não evitou que no transcurso do encontro bilateral que mantiveram de manhã os chanceleres japonês e sul-coreano Yun mencionasse o assunto das chamadas "mulheres de conforto".

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Este é o nome eufemístico que recebem as centenas de milhares de mulheres (principalmente sul-coreanas) utilizadas como escravas sexuais pelo Exército Imperial japonês antes e durante a Segunda Guerra Mundial.

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Seul quis advertir novamente que não admitirá nenhuma modificação oficial na postura oficial de Tóquio sobre o assunto próximo da declaração que a Administração do primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, prepara para o 70° aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial.

Dadas as inclinações revisionistas do conservador chefe de governo japonês, Seul e Pequim temem que Abe busque diluir responsabilidades históricas no novo documento.

Precisamente por isso, Wang apontou em declarações recolhidas por Kyodo que uma hipotética reunião entre o presidente da China, Xi Jingping,e Abe seria pouco provável antes de Pequim revisar o conteúdo do texto que Tóquio publicará no verão.

Disputa no Mar da China Oriental

Por sua vez, Kishida ressaltou a Wang a "preocupação" do governo japonês a respeito dos movimentos de Pequim no mar da China Oriental. Ambos países reivindicam nessa mesma zona a soberania das desabitadas ilhas Senkaku (Diaoyu em chinês), que são administradas por Tóquio.

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Finalmente, a proposta colocada pelo ministro Kishida para realizar o mais rápido possível uma cúpula trilateral entre Park, Abe e o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, pareceu ficar momentaneamente descartada, especialmente no que diz respeito a Pequim.

"Não há nenhum plano (para realizar a cúpula). Necessitamos das condições necessárias para isso", afirmou taxativa Wang.

A cúpula trilateral de chefes do governo de Coreia do Sul, Japão e China, que começou a ser realizada de maneira anual em 2008, não voltou a ser convocada desde maio de 2012, devido às persistentes asperezas entre Tóquio e seus dois vizinhos.

  
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