O candidato liberal Moon Jae-in declarou vitória nesta terça-feira nas eleições presidenciais realizadas na Coreia do Sul, após a divulgação de uma ampla vantagem de votos.
"Construirei uma nova nação, uma grande Coreia. Serei com orgulho o presidente desse novo país", informou Moon em um comício perante seus seguidores, eufóricos com os 6,35 milhões de votos (39,5% do total), dois milhões a mais que seu principal rival, o conservador Hong Joon-pyo (26,3%), com mais da metade dos votos apurados.
Hong, por sua vez, se limitou a dizer que "aceitava o resultado das eleições", da mesma forma que o centrista Ahn Cheol-soo, que foi terceiro colocado, durante seus respectivos atos na jornada eleitoral, recolhidos pela agência local "Yonhap".
O candidato do partido da ex-presidente Park Geun-hye conseguiu aparentemente tirar a segunda posição de Ahn, apesar de há um mês contar com 10% dos votos nas pesquisas eleitorais pelos efeitos do caso "Rasputina", que condicionaram estas eleições.
Esse escândalo de corrupção motivou a primeira convocação eleitoral antes do tempo na história democrática da Coreia do Sul depois que a ex-presidente conservadora Park Geun-hye, do mesmo partido que Hong, sofreu um impeachment em março por sua participação na trama.
O caso causou uma comoção popular contra a ex-presidente e também propiciou uma grande mobilização para as eleições, nas quais foi registrada uma participação de 77,2%, a maior em duas décadas de democracia.