Morre a mulher que informou 1º bombardeio sobre Hiroshima

30 mai 2017 - 08h08
(atualizado às 09h17)
Imagem mostra os danos causados pela explosão da bomba atômica sobre Hiroshima em 1945.
Imagem mostra os danos causados pela explosão da bomba atômica sobre Hiroshima em 1945.
Foto: Getty Images

A sobrevivente que foi a primeira pessoa a informar às autoridades sobre o bombardeio atômico de Hiroshima, Yoshie Oka, morreu aos 86 anos por um linfoma maligno, revelou nesta terça-feira sua família.

Oka, que morreu no dia 19 em Hiroshima, era estudante e tinha 14 anos e trabalhava em um centro de comando do Exército imperial quando ocorreu o ataque nuclear na cidade, em 6 de agosto de 1945, que acabou com a vida de cerca de 80 mil pessoas de maneira imediata.

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Após o bombardeio, Oka fez uma chamada à unidade da cidade de Fukuyama, cerca de 100 quilômetros de Hiroshima, na qual informou que essa cidade estava "quase destruída" e que tinha sido atacada por "um novo tipo de bomba".

A "hibakusha", como são conhecidos os sobreviventes dos ataques nucleares a Hiroshima e Nagasaki (três dias depois, que forçou a capitulação de Japão em 15 de agosto e pôs fim à Segunda Guerra Mundial) sofria doenças relacionadas com o bombardeio.

Apesar das sequelas do ataque, Oka divulgou ativamente sua experiência e participou de atos para pedir paz.

O bombardeiro B-29 Enola Gay, das Forças Aéreas dos EUA, lançou em 6 de agosto, há 72 anos, sobre a cidade, o "Little Boy", nome com o qual batizou o primeiro artefato nuclear da História.

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O artefato acabou de forma imediata com a vida de cerca de 80 mil pessoas, mas o número aumentou no final desse ano até 140 mil, enquanto nos anos posteriores as vítimas pela radiação somaram mais do que o dobro.

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