Naufrágio na Coreia do Sul: capitão se diz "envergonhado"

Pelo menos nove pessoas morreram e 287 estão desaparecidas após o naufrágio na costa sul-coreana

17 abr 2014 - 04h29
(atualizado às 05h40)
Capitão do navio Sewol disse que sente muito e que está envergonhado
Capitão do navio Sewol disse que sente muito e que está envergonhado
Foto: Reuters

O capitão do navio naufragado na Coreia do Sul disse que "sente muito" e está "profundamente envergonhado" após o incidente, que deixou até o momento nove mortos e 287 desaparecidos. A Guarda Costeira está questionando o oficial, mas não divulgou mais detalhes, de acordo com informações da agência AP.

Identificado pela emissora YTN e pela agência de notícias Yonhap como Lee Joon-seok, 60 anos, o capitão apareceu brevemente na televisão, com o rosto coberto por um capuz, e disse que “não sabe o que dizer”.

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As equipes de resgate seguem trabalhando nesta quinta-feira em busca pelos desaparecidos, mais de 24 horas após o naufrágio. A forte correnteza, a chuva e a pouca visibilidade, no entanto, têm dificultado as operações.

Dos nove mortos, cinco eram estudantes e dois professores. Acredita-se que o número de vítimas possa aumentar bastante, por conta do longo período que os desaparecidos possam ter passado presos na embarcação ou esperando por socorro nas águas geladas da costa sul-coreana.

Segundo a agência Yonhap, o governo está considerando declarar a região do naufrágio como zona de desastre especial, o que aumentaria a velocidade e o apoio às vítimas do incidente.

Presidente Park Geun-hye (centro) visitou o local onde os familiares de passageiros desaparecidos estão reunidos
Foto: Reuters

A presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, visitou nesta quinta-feira o local onde estão reunidos os esforços de resgate e familiares de passageiros, e inclusive conversou com alguns deles. De acordo com a Yonhap, auxiliares afirmaram que a presidente permaneceu acordada toda a noite antes de decidir passar pelo local nesta manhã.

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As primeiras avaliações sobre o acidente afirmam que a balsa Sewol colidiu com uma rocha ou um recife submarino, o que teria partido seu casco e provocado a entrada de água, mas várias outras hipóteses foram ventiladas sobre os motivos do naufrágio, e ainda não há uma versão oficial.

Do total de 475 passageiros, 325 eram alunos do ensino médio de um instituto de Ansan, na periferia de Seul, que estavam em uma viagem escolar para a ilha turística de Jeju. O naufrágio do Sewol pode se tornar uma das piores tragédias humanas da Coreia do Sul caso não sejam encontrados mais sobreviventes. Em 1993, um acidente similar com uma embarcação no litoral oeste do país deixou 292 mortos.

Fonte: Terra
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