O número de mortos no terremoto de magnitude 7,8 que abalou no último sábado (25) o Nepal chegou a 5.489, e o de feridos a 10.965, enquanto milhares de pessoas seguem fugindo de Katmandu para regiões mais seguras.
O último balanço oficial de vítimas por causa do tremor foi divulgado pelo Ministério do Interior do Nepal às 9h18 locais desta quinta-feira (30) (às 0h33 em Brasília).
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O medo de novas réplicas do terremoto ou do surgimento de surtos de doenças fez com que 10.126 veículos deixassem a capital do país nas últimas 24 horas, informou a Polícia do Nepal.
Enquanto milhares tentam sair de Katmandu, outros, vindos de áreas remotas afetadas pelo sismo e incomunicáveis desde sábado, chegam à cidade em busca de alimentos e atendimento médico.
O Consórcio de Redução de Riscos do Nepal, uma entidade composta também por órgãos ligados às Nações Unidas, calcula que o terremoto gerou 2,8 milhões de deslocados internos, 10% dos 28 milhões de habitantes do Nepal.
Além disso, a organização afirma que em 39 dos 75 distritos do país os tremores destruíram 70 mil casas, danificando outras 530 mil construções.
O terremoto de sábado foi o de maior magnitude registrado no Nepal em quase 80 anos, além de ter sido o pior que atingiu a região desde 2005, quando um tremor matou mais de 84 mil pessoas na Caxemira, na vizinha Índia.
Risco de avalanche após terremoto faz 6 mil tibetanos deixarem suas casas
As autoridades chinesas começaram a evacuar 6 mil habitantes da pequena cidade de Zham, na fronteira com o Nepal, por causa do risco de avalanches após o terremoto que sacudiu o país vizinho.
Segundo as últimas informações divulgadas pela "Xinhua" nesta madrugada, 797 pessoas ficaram feridas após o terremoto no Tibete, mais do que o dobro publicado ontem, quando eram 383 os feridos pela catástrofe.
As autoridades calculam que 300 mil pessoas foram afetadas pelo terremoto nesta região autônoma da China, que abrange toda a fronteira do país com o Nepal.
Entre os lugares mais prejudicados com o terremoto está a cidade de Zham, que permaneceu isolada de sábado até terça-feira. Os moradores começaram a deixar o local ontem.
Cerca de 2 mil pessoas já foram levadas a acampamentos provisórios montados em cidades vizinhas. As autoridades estimam que eles podem ter que ficar um ano longe de suas casas até a reparação completa dos danos causados pelo sismo.
No momento do terremoto, vários turistas estrangeiros estavam em Zham, já que a cidade é um importante ponto na fronteira entre a China e o Nepal.