Obama: Coreia do Norte ampliará isolamento com teste nuclear

Segundo o presidente, os mísseis balísticos de Kim Jong-un são uma ameaça não apenas para os Estados Unidos, mas também para a Coreia do Sul e o Japão

25 abr 2014 - 07h45
(atualizado às 07h51)
<p>Obama e a presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, durante coletiva de imprensa em Seul, nesta sexta-feira  </p>
Obama e a presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, durante coletiva de imprensa em Seul, nesta sexta-feira
Foto: Reuters

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, advertiu a Coreia do Norte nesta sexta-feira ao afirmar que o país só conseguirá "aprofundar seu isolamento" se fizer um novo teste nuclear, depois que informações de inteligência indicaram que uma nova detonação atômica do regime está muito próxima.

"Pyongyang não ganhará absolutamente nada com outro teste nuclear, exceto aprofundar seu próprio isolamento da comunidade global", garantiu Obama em entrevista publicada nesta sexta pelo jornal sul-coreano Joongang por causa de sua visita a Seul.

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O líder americano se reuniu nesta sexta-feira na capital sul-coreana com a presidente Park Geun-hye, em um ambiente marcado pelos indícios de um possível teste nuclear da Coreia do Norte.

"Os programas nucleares e de mísseis balísticos da Coreia do Norte são uma ameaça para nossos aliados, a Coreia do Sul e o Japão" e também "uma ameaça direta à segurança dos Estados Unidos", assegurou Obama na entrevista.

Após destacar a solidez da aliança de defesa entre Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão, o titular da Casa Branca sentenciou que se o regime de Kim Jong-un "cometer o erro de realizar outro teste nuclear, deve esperar uma resposta firme da comunidade internacional".

Quanto ao papel da China, tradicional aliado da Coreia do Norte e praticamente seu único parceiro econômico, os Estados Unidos continuarão "tentando convencer" Pequim para que pressione ainda mais Pyongyang, segundo Obama.

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O presidente destacou que os governos dos Estados Unidos e da China já "aprofundaram sua coordenação sobre a questão nuclear" do regime de Kim Jong-un e têm "um interesse comum em uma Coreia do Norte sem armas nucleares".

"A China está começando a reconhecer que a Coreia do Norte não é apenas um incômodo, mas um problema significativo para sua própria segurança", disse Obama em uma entrevista coletiva conjunta com a presidente sul-coreana Park Geun-Hye.

Pyongyang ameaçou realizar um "novo tipo de teste nuclear" em março, uma aparente referência a uma detonação utilizando urânio, ao invés de plutônio, como combustível. Nas últimas semanas foi detectado um aumento das atividades em sua base de testes atômicos de Punggye-ri, no nordeste do país.

A Coreia da Norte enfrenta sanções da ONU desde o primeiro teste, realizado em 2006. O país está proibido de realizar testes atômicos e de mísseis, não pode negociar armas com Estados membros da ONU e nem realizar negociações financeiras que facilitem essas transações.

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O governo de Pyongyang regularmente ameaça destruir os Estados Unidos e a Coreia do Sul.

Barack Obama está em Seul. Seu giro asiático inclui mais duas paradas, Kuala Lumpur, na Malásia e Manila, nas Filipinas, até a próxima terça-feira.

Com informações da EFE e Reuters.

Fonte: Terra
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