O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, saudou a eleição presidencial afegã realizada neste sábado e afirmou que é "essencial para garantir o futuro democrático do Afeganistão" e a continuação da ajuda internacional.
Os afegãos votaram em massa na eleição presidencial deste sábado para eleger o sucessor do presidente Hamid Karzai, no poder desde que os talibãs foram derrubados pela invasão das forças internacionais lideradas pelos Estados Unidos, em 2001. A autoridade eleitoral do país indicou que o índice de participação pode ficar acima dos 50%.
Karzai se negou a assinar um acordo de segurança que permitiria aos Estados Unidos manterem cerca de 10.000 soldados no Afeganistão para o treinamento das forças locais e o combate à Al-Qaeda. Isso mostra uma nova degradação nas relações entre Washington e Cabul.
Os afegãos assumiram a responsabilidade pela segurança e até o fim deste ano os últimos 51.000 homens das forças da Otan vão deixar o país.
Em um comunicado, Obama saudou os eleitores afegãos "em nome do povo americano."
A eleição "promete iniciar a primeira transferência democrática de poder na história do Afeganistão" e "representa outro importante marco para que os afegãos assumam total responsabilidade por seu país", declarou.
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Esta eleição "é essencial para garantir o futuro democrático do Afeganistão, além da continuação da ajuda internacional. Acreditamos que os organismos eleitorais afegãos cumprirão seus deveres e que, nas próximas semanas, anunciarão os resultados", ressaltou o presidente americano.
Obama, que mantém relações tensas com Karzai, manifestou seu desejo de "manter a parceria com o novo governo escolhido pelo povo afegão, com base no respeito mútuo".
"Os Estados Unidos continuam a apoiar a soberania, a estabilidade, a união e o Afeganistão democrático", acrescentou.
Obama também prestou homenagem aos americanos que perderam a vida no Afeganistão.
Desde que os Estados Unidos derrubaram o regime do Talibã, 2.316 soldados americanos foram mortos, de acordo com o site iCasualties.org, que usa dados do Pentágono para contabilizar a perdas em combate.