Obama: eleição no Afeganistão é 'essencial' para democracia

O presidente americano disse ainda que o evento representa um marco importante para que os afegãos assumam a total responsabilidade pelo país e indicou o desejo de manter a parceria com o novo governo escolhido

5 abr 2014 - 17h53
(atualizado às 17h56)
<p>Obama mantém relações tensas com o atual presidente afegão, Hamid Karzai, mas disse que quer manter a parceria com o novo governo. Na foto, os presidentes americano e afegão se cumprimentam durante coletiva de imprensa em janeiro de 2013, em Washington</p>
Obama mantém relações tensas com o atual presidente afegão, Hamid Karzai, mas disse que quer manter a parceria com o novo governo. Na foto, os presidentes americano e afegão se cumprimentam durante coletiva de imprensa em janeiro de 2013, em Washington
Foto: AFP

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, saudou a eleição presidencial afegã realizada neste sábado e afirmou que é "essencial para garantir o futuro democrático do Afeganistão" e a continuação da ajuda internacional.

Os afegãos votaram em massa na eleição presidencial deste sábado para eleger o sucessor do presidente Hamid Karzai, no poder desde que os talibãs foram derrubados pela invasão das forças internacionais lideradas pelos Estados Unidos, em 2001. A autoridade eleitoral do país indicou que o índice de participação pode ficar acima dos 50%.

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Karzai se negou a assinar um acordo de segurança que permitiria aos Estados Unidos manterem cerca de 10.000 soldados no Afeganistão para o treinamento das forças locais e o combate à Al-Qaeda. Isso mostra uma nova degradação nas relações entre Washington e Cabul.

Os afegãos assumiram a responsabilidade pela segurança e até o fim deste ano os últimos 51.000 homens das forças da Otan vão deixar o país.

Em um comunicado, Obama saudou os eleitores afegãos "em nome do povo americano."

A eleição "promete iniciar a primeira transferência democrática de poder na história do Afeganistão" e "representa outro importante marco para que os afegãos assumam total responsabilidade por seu país", declarou.

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Esta eleição "é essencial para garantir o futuro democrático do Afeganistão, além da continuação da ajuda internacional. Acreditamos que os organismos eleitorais afegãos cumprirão seus deveres e que, nas próximas semanas, anunciarão os resultados", ressaltou o presidente americano.

Obama, que mantém relações tensas com Karzai, manifestou seu desejo de "manter a parceria com o novo governo escolhido pelo povo afegão, com base no respeito mútuo".

"Os Estados Unidos continuam a apoiar a soberania, a estabilidade, a união e o Afeganistão democrático", acrescentou.

Obama também prestou homenagem aos americanos que perderam a vida no Afeganistão.

Desde que os Estados Unidos derrubaram o regime do Talibã, 2.316 soldados americanos foram mortos, de acordo com o site iCasualties.org, que usa dados do Pentágono para contabilizar a perdas em combate.

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