ONU: supertufão matou mais de 10 mil em apenas uma cidade filipina

11 nov 2013 - 18h55

As Nações Unidas alertaram nesta segunda-feira para uma rápida escalada no número de mortos causados nas Filipinas pela passagem do supertufão Haiyan, com uma estimativa de 10 mil vítimas fatais só na cidade de Tacloban, a mais castigada pelo ciclone.

Segundo o diretor de operações humanitárias da ONU, John Ging, a organização está "esperando pelo pior" na contagem final de mortos. Ging disse também que 660 mil pessoas haviam deixado suas casas por causa do Haiyan. Segundo ele, a ONU solicitará na terça-feira uma ajuda internacional significativa para as vítimas.

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Filipinas  
Capital Manila
População 100 milhões
Área 300 mil km² (7 mil ilhas)
Média de idade 23 anos
Religião 80% católicos

A diretora dos serviços humanitários da ONU, Valerie Amos, que está a caminho das Filipinas, indicou em um comunicado que "autoridades locais calculam que cerca de 10 mil pessoas tenham morrido em uma única cidade". Sua porta-voz confirmou que ela se referia a Tacloban, cidade devastada pela tempestade.

"Muitos lugares estão cobertos de cadáveres", disse Ging durante uma coletiva na sede da ONU, confirmando estimativas de que "mais de 10 mil pessoas morreram". "Certamente estamos esperando pelo pior. À medida que avançamos, constatamos a tragédia, com mais e mais pessoas mortas por esse tufão", acrescentou, quando consultado sobre o número final de mortos.

Ging falou da luta para chegar a Tacloban e a outras áreas seriamente afetadas pelo supertufão, que provocou enormes ondas e os mais fortes vendavais registrados no último século nas Filipinas. Ele contou que veículos de assistência levaram três horas para percorrer os 11 quilômetros que separam o aeroporto de Tacloban da cidade.

"Assim que conseguirem chegar a estas áreas, a prioridade absoluta das equipes de socorro é organizar o sepultamento dos corpos por questões de saúde pública", disse. Ging acrescentou que há uma necessidade desesperada de água potável e comida para os sobreviventes.

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Amos era aguardada em Manila, capital das Filipinas, para conduzir uma operação de socorro conjunta entre as Nações Unidas e grupos particulares.

As Nações Unidas já liberaram US$ 25 milhões de seu fundo emergencial de ajuda e Amos e o governo filipino lançarão na terça-feira um apelo relâmpago por contribuições que, segundo autoridades da ONU, provavelmente chegarão a centenas de milhões de dólares. "A escala da devastação é enorme e, portanto, exigirá a mobilização de uma resposta maciça", disse Ging.

Ele elogiou a resposta do governo filipino à tragédia, considerando-a "muito impressionante".

Foto: AFP
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