Operador nuclear da Coreia do Sul diz que ciberataques continuam

28 dez 2014 - 10h44

O operador de energia nuclear da Coreia do Sul disse neste domingo que os ciberataques a operações não críticas da sede da companhia continuam, mas que as usinas nucleares do país estão operando com segurança e estão salvas dos ataques.

A Coreia Hidro & Energia Nuclear (KHNP, na sigla em inglês) tem intensificado a sua segurança cibernética, afirmou o presidente Cho Seok.  Ele não deu nenhum detalhe sobre os contínuos cibertaques ou a respeito das medidas que a companhia tomou, citando questões de segurança para isso.

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“Não podemos permitir que ciberataques interrompam a operação de energia nuclear”, disse Cho durante conversa com a imprensa. Ele acrescentou que uma rede fechada usada para operações do reator era inacessível a partir de linhas de comunicação externa e impermeável aos ciberataques.

“Nós iremos continuar operando nossas usinas nucleares com segurança contra qualquer tentativa de jugo sujo, incluindo ciberataques”, declarou Cho.

“Ciberataques às operações da KHNP e sua administração continuam a acontecer agora”, acrescentou ele.

A KHNP, unidade da estatal Coreia Força Elétrica, disse na última segunda-feira que seu sistema de computadores fora invadido, mas apenas informações não críticas foram furtadas e que as operações com os reatores não correram risco.

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Cho desculpou-se pela preocupação que fora levantada pelo ciberataque e o vazamento da informações, mas declarou que as usinas nucleares não foram afetadas. A Coreia do Sul possui 23 reatores nucleares, que fornecem um terço da energia elétrica do país. Três deles estão atualmente desligados para manutenção de rotina ou aguardando a extensão de licença.

O operador e o governo têm deixado equipes de emergência a postos desde quarta-feira passada até o final do ano como precaução, no caso de qualquer tentativa de ataques cibernéticos às usinas nucleares, depois que um hacker exigiu o desligamento de três reatores até quinta-feira e em mensagens no Twitter ameaçou de “destruição” se a demanda não fosse cumprida.

Promotores da Coreia do Sul estão em busca de colaboração com autoridades chinesas para a investigação dos ciberataques, depois de rastrear múltiplos endereços de Internet de uma cidade chinesa perto da Coreia do Norte. Eles não descartam o envolvimento da Coreia do Norte nos ataques.

Pyongyang negou qualquer participação nos ciberataques, chamando tal sugestão de parte de uma “campanha de difamação” por parte de líderes impopulares da Coreia do Sul. A Coreia do Norte permanece, tecnicamente, em guerra com a Coreia do Sul.

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