Papa se encontra com escrava sexual da 2ª Guerra em Seul

Sete escravas sexuais que foram recrutadas pelo Império Japonês como "mulheres de conforto" aos soldados da Segunda Guerra Mundial participaram de missa celebrada pelo Papa Francisco na Coreia do Sul

17 ago 2014 - 23h27
(atualizado em 18/8/2014 às 06h53)
Papa Francisco cumprimenta mulheres que foram forçadas à escravidão sexual pelos militares japoneses durante a Segunda Guerra Mundial
Papa Francisco cumprimenta mulheres que foram forçadas à escravidão sexual pelos militares japoneses durante a Segunda Guerra Mundial
Foto: AP

O papa cumprimentou nesta segunda-feira (18) de maneira muito emotiva uma idosa vítima da escravidão sexual durante a Segunda Guerra Mundial na catedral de Myeongdong, em Seul, onde celebra a última missa de sua visita de cinco dias à Coreia do Sul.

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O papa passou vários minutos segurando a mão de Kim Bok-dong, de 89 anos, que foi à missa em cadeira de rodas, e era uma das sete "escravas sexuais" que participaram da cerimônia. Kim, conhecida ativista pelos direitos deste grupo, entregou um pin com uma borboleta a Francisco, que o colocou em sua lapela.

A borboleta é o símbolo das meninas e adolescentes que o Império Japonês recrutou nos países colonizados na Ásia como escravas sexuais para seus soldados durante a Segunda Guerra Mundial, conhecidas eufemisticamente como "mulheres de conforto".

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Estima-se que até 200 mil mulheres, a maioria coreanas, foram vítimas da escravidão sexual do Japão, embora pouco mais de meia centena delas permaneçam vivas e todas têm mais de 80 anos. Estas, junto a outros seguidores da causa, se manifestam toda quarta-feira há 24 anos para exigir de Tóquio desculpas "sinceras", apesar de o país vizinho já ter se desculpado oficialmente em 1993.

Após o emotivo encontro com a mulher, o pontífice deu início à última missa de sua visita de cinco dias à Coreia do Sul.

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A missa pela paz e pela reconciliação procura principalmente promover o entendimento e a unificação na dividida península coreana.

Após a missa em Myeongdong vai acontecer uma cerimônia de despedida e o papa partirá outra vez para Roma após cinco dias na Coreia do Sul, onde fez uma visita considerada histórica ao ser a primeira em 25 anos de um papa a este país que abriga 5,4 milhões de católicos.

  
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