Paquistão: 5 mil pessoas protestam contra a Charlie Hebdo

Grupo banido por ligações com a milícia terrorista voltou às ruas; novos protestos foram convocados para a próxima sexta-feira

18 jan 2015 - 14h59
(atualizado às 15h38)
<p>Defensores do grupo <span style="font-size: 15.4545450210571px;">Lashkar-e-Taiba</span> participam de uma manifestação contra a revista francesa Charlie Hebdo, no, Paquistão: "Isto não é liberdade de expressão, é agressão aberta contra o Islã", diz o cartaz</p>
Defensores do grupo Lashkar-e-Taiba participam de uma manifestação contra a revista francesa Charlie Hebdo, no, Paquistão: "Isto não é liberdade de expressão, é agressão aberta contra o Islã", diz o cartaz
Foto: K.M. Chaudary / AP

Cerca de 5 mil pessoas se reuniram na cidade de Lahore, no leste do Paquistão, para protestarem contra a revista francesa Charlie Hebdo, e o fundador de um grupo banido por ligações com a milícia terrorista convocou os manifestantes a boicotarem produtos franceses. 

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Hafiz Saeed, que fundou o Lashkar-e-Taiba, uma organização banida por lançar ataques à vizinha Índia, disse aos manifestantes: "Vamos lançar um movimento contra as caricaturas insultantes do nosso amado profeta".

A revista satírica francesa Charlie Hebdo publicou uma imagem do profeta Maomé chorando na capa de sua mais recente edição na semana passada depois que dois homens armados invadiram o escritório do veículo e mataram 12 pessoas. Os atiradores disseram que o ataque era uma vingança por charges anteriores tirando sarro do Islã. 

Saeed incitou os comerciantes a pararem de importar produtos franceses e pediu que os líderes paquistaneses tentem colocar uma lei contra a blasfêmia para ser votada e aprovada internacionalmente. 

A blasfêmia é passível de pena de morte no Paquistão. 

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Na sexta-feira, manifestantes que tentavam invadir o consulado francês na cidade de Karachi atiraram e feriram um fotógrafo que trabalhava para a agência francesa de notícias AFP. 

Saeed convocou mais protestos para a próxima sexta-feira. Ele diz que não tem mais ligações com a milícia terrorista atualmente, e que apenas trabalha em uma ONG, também banida pelo governo norte-americano por supostamente ajudar o Lashkar-e-Taiba. Os EUA ofereceram 10 milhões de dólares por informações que levem à captura de Saeed. 

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