O partido no poder na Coreia do Sul sobreviveu às eleições realizadas na quarta-feira em 17 províncias, vistas como um referendo sobre o governo após o desastroso manejo da crise envolvendo o naufrágio de um ferry que matou 300 pessoas, a maioria adolescentes, em abril passado.
O conservador Partido Saenuri, da presidente Park Geun-hye, conquistou 8 das 17 províncias onde foram eleitos governadores e prefeitos, segundo projeções baseadas na apuração. O principal partido opositor, a Nova Aliança Política para a Democracia (NPAD), que usou a tragédia do ferry Sewol como plataforma política, obteve as outras nove províncias.
O Saenuri manteve seus bastiões tradicionais e avançou em várias circunscrições de Incheon e na província de Gyeonggi. "Acredito que fizemos uma boa defesa, inclusive com a catástrofe do 'Sewol'", disse à imprensa o secretário-geral do partido, Yoon Sang-Hyun.
A presidente Park Geun-Hye, que assumiu em fevereiro de 2013 sob grande apoio popular, teve sua imagem manchada pela deficiente atuação das autoridades durante a crise do ferry. O governo foi acusado de negligência e incompetência diante do acidente com o Sewol, um ferry de 6.825 toneladas que afundou no dia 16 de abril, no sul do país.