Filipinas repete comparação entre China e Alemanha nazista

A China vem adotando uma postura cada vez mais enfática no Mar do Sul da China, em áreas onde Manila e outros países dizem ter terrirórios

3 jun 2015 - 13h56
(atualizado às 15h25)
Presidente filipino, Benigno Aquino, no Parlamento japonês, em 03 de junho
Presidente filipino, Benigno Aquino, no Parlamento japonês, em 03 de junho
Foto: Yuya Shino / Reuters

O presidente das Filipinas, Benigno Aquino, fez uma comparação velada nesta quarta-feira entre as atividades da China no Mar do Sul da China e o expansionismo da Alemanha nazista antes da Segunda Guerra Mundial, ecoando comentários semelhantes que fez no ano passado e que revoltaram Pequim.

Aquino, que deve assinar acordos que irão reforçar os laços de defesa com o Japão quando se reunir com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, na quinta-feira, também exortou Pequim a repensar seus projetos de retomada de territórios nas águas em disputa.

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A China vem adotando nos últimos anos uma postura cada vez mais enfática no Mar do Sul da China, construindo ilhas artificiais em áreas onde Manila e outros países do sul asiático afirmam possuir terrirórios.

Indagado sobre o “reequilíbrio” estratégico dos Estados Unidos na Ásia em reação à movimentação marítima da China, Aquino insinuou que o papel dos Estados Unidos é fundamental, e aludiu à expansão territorial da Alemanha nazista antes da Segunda Guerra.

Lembrando de documentários sobre o expansionismo alemão pré-guerra, Aquino afirmou: “Os comentaristas nestes documentários diziam: ‘Se alguém dissesse a (Adolf) Hitler para parar naquele momento, ou à Alemanha naquele momento, poderíamos ter evitado a Segunda Guerra Mundial?'. Então, digo novamente, o reequilíbrio dos EUA envia um sinal claro de que todos devemos viver com normas com as quais concordamos”.

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O Ministério das Relações Exteriores chinês expressou choque com os comentários “ultrajantes e insensatos” de Aquino, similares a outros que fez no ano passado.

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