Príncipe saudita mata 2 mil pássaros em viagem ao Paquistão

Árabes têm permissão especial para caçar em algumas províncias do Paquistão

24 abr 2014 - 09h23
(atualizado às 09h41)
Pássaro da espécie abetarda-moura, nativa das Ilhas Canárias, é internacionalmente protegida
Pássaro da espécie abetarda-moura, nativa das Ilhas Canárias, é internacionalmente protegida
Foto: Wikipédia

Oficiais do Departamento Florestal do Baluchistão, província do Paquistão, pediram aos seus superiores para impedirem “festas de caças sauditas”. A província recebe príncipes de países vizinhos todos os anos, para o tradicional esporte de caça a pássaros no Paquistão. As informações são da News Week.

Autoridades responsáveis pela vida selvagem no Baluchistão alegaram que o príncipe saudita Fahd bin Sultan e alguns amigos usaram falcões treinados para matar pássaros da espécie abetarda-moura, nativa das Ilhas Canárias, e internacionalmente protegida. Em uma visita de três dias, o grupo teria matado quase 2 mil pássaros.

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Por mais de mil anos, falcoeiros beduínos (povo que adestra aves para caçar) têm a abertada-moura como fonte vital de carne, segundo especialistas.

Caçar a espécie é proibido no Paquistão, mas autoridades concedem uma permissão especial para visitantes de países árabes. Caçadores autorizados podem capturar até 100 pássaros em 10 dias, mas somente em áreas restritas. Porém, somente o saudita matou 1.977 e seus acompanhantes pegaram outros 123.

Sheiks árabes são caçadores notórios, viajando para o Paquistão todos os anos. As festas de caça são realizadas em lugares privados, em províncias como o Baluchistão, Sinde e Punjab. 

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Fonte: Terra
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