Putin pede que armênios e azerbaijanos cessem combates em Nagorno Karabakh

2 abr 2016 - 09h02

O presidente russo, Vladimir Putin, pediu neste sábado que armênios e azerbaijanos cessem os combates no enclave de Nagorno Karabakh, onde nas últimas horas explodiram intensos enfrentamentos armados.

"Putin pede às partes no conflito uma imediata cessação do fogo e que mostrem moderação", disse Dmitri Peskov, porta-voz do Kremlin.

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O chefe do Kremlin lamenta que a tensão entre ambos países, enfrentados desde 1988 pela soberania de Nagorno (Alto) Karabakh, "tenha desembocado de novo em um enfrentamento militar".

Peskov destacou que ultimamente os mediadores (OSCE, Rússia, EUA e França) tinham intensificado os esforços para regular o conflito por meios pacíficos.

Armênia e Azerbaijão se acusaram hoje mutuamente de violar o cessar-fogo ao lançar uma ofensiva com armamento pesado ao longo de toda a linha da frente, confrontos nos quais teriam morrido vários soldados e civis, segundo veículos de imprensa locais.

O Exército armênio emitiu hoje um comunicado no qual acusa o Azerbaijão de lançar uma ofensiva geral com o uso de artilharia, tanques e aviação, e adverte de graves consequências caso Baku prossiga as ações militares.

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Esse ataque azerbaijano teria sido repelido contundentemente pelas tropas carabaques, que teriam causado várias baixas no bando inimigo, segundo a nota oficial.

Concretamente, as forças carabaques informaram sobre a queda de dois helicópteros, dois tanques e dois drones azebaijanos, o que foi negado categoricamente por Baku.

Fontes oficiais da autoproclamada república do Karabakh informaram da morte esta manhã de uma criança de 12 anos durante um ataque azerbaijano contra seu território com plataformas de lançamento de mísseis Grad.

Por sua parte, o Azerbaijão denunciou ataques armênios com artilharia pesada, morteiros, lança-granadas e metralhadoras contra várias localidades fronteiriças, onde morreu um homem e seu filho ficou gravemente ferido.

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"A responsabilidade pela situação criada recai plenamente na Armênia como Estado agressor e ocupante. A comunidade internacional deve condenar firmemente os ataques com artilharia da Armênia", disse Hikmet Hadjiyev, porta-voz da Chancelaria azerbaijana.

A escalada da tensão em Nagorno Karabakh, onde os conflitos de maior ou menor magnitude são constantes, pegaram os presidentes da Armênia e Azerbaijão de viagem em Washington, onde participam da cúpula nuclear.

O conflito entre os dois países vizinhos se remonta aos tempos da antiga União Soviética, quando o território azerbaijano de Nagorno Karabakh pediu sua incorporação à vizinha Armênia, fato que culminou em uma sangrenta guerra que deixou cerca de 25 mil mortos.EFE

  
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