A Coreia do Norte advertiu nesta quinta-feira que poderia reconsiderar a realização do próximo encontro de famílias separadas após a Guerra da Coreia se Seul e Washington seguirem adiante com as manobras militares conjuntas.
"O diálogo e os exercícios de uma guerra de agressão não podem caminhar juntos", disse a Comissão Nacional de Defesa da Coreia do Norte em comunicado emitido pela rádio estatal do país e citado pela agência sul-coreana Yonhap.
O regime de Kim Jong-un afirmou que a situação militar na península poderia levar a uma desistência do histórico acordo que as duas Coreias formalizaram na quarta-feira para realizar encontros de famílias separadas pela primeira vez em três anos.
Em sua mensagem radiofônica, a Comissão Nacional de Defesa norte-coreana denunciou que um caça-bombardeiro B-52 dos Estados Unidos sobrevoou ontem a costa leste da península coreana, atitude que Pyongyang considerou hostil.
Fontes do Ministério da Defesa da Coreia do Sul confirmaram à agência "Yonhap que efetivamente o bombardeiro realizou um voo de treino na zona na quarta-feira".
Ontem, representantes das duas Coreias chegaram a um acordo para a realização de um encontro, de 20 a 25 de fevereiro, no qual 100 famílias do Norte e outras 100 do Sul se reunirão com seus parentes do outro lado da fronteira.