Dezenas de milhares de iemenitas protestaram em várias cidades neste sábado contra o domínio do movimento xiita houthi, cujos militantes armados dispararam contra manifestantes na cidade central de Ibb, ferindo quatro pessoas, disseram médicos.
Foi o segundo dia de manifestações em todo o país contra os houthis apoiados pelo Irã em menos de uma semana, após o movimento radical dissolver o Parlamento este mês, levando embaixadas ocidentais e árabes a fecharem por temores de segurança.
Os manifestantes disseram que estavam enfurecidos com a morte no sábado de Saleh al-Bashiri, que eles dizem ter sido detido por homens armados.
Os protestos no Iêmen têm atraído a preocupação internacional, uma vez que o país compartilha uma longa fronteira com o maior exportador mundial de petróleo, a Arábia Saudita, e a nação também está lutando contra uma das unidades mais temidas da al Qaeda com a ajuda de ataques de drones dos EUA.
Violentos confrontos entre combatentes dos houthi e tribos sunitas mataram no sábado 16 rebeldes houthi, além de dez integrantes de tribos e militantes sunitas, disseram funcionários de segurança e fontes tribais à Reuters.
Os houthis, que ocuparam Sanaa em setembro e assumiram o poder formalmente na semana passada, são agressivamente anti-norte-americanos, e entoam “Morte à América” em suas passeatas. Seu líder, Abdel Malik al-Houthi, também criticou o que chama de interferência ocidental no Iêmen.
Há tempos o Iêmen está na linha de frente da guerra liderada pelos EUA contra a Al Qaeda, mas a aliança de longa data entre Washington e Sanaa parece estar encerrada por hora.