A Rússia anunciou nesta sexta-feira a instalação na anexada península da Crimeia dos novíssimos mísseis antiaéreos S-400 Triumph, os mesmos sistemas usados para proteger o aeroporto russo na província de Latakia, na Síria.
Os S-400 "cobrirão centenas de quilômetros (...) no flanco sul de nosso país", declarou o general Victor Sevostianov, citado por veículos de comunicação locais.
Essas baterias foram posicionadas no porto de Feodosia, base do 18º regimento de mísseis e defesa antiaérea no litoral russo do Mar Negro.
Na ocasião, o exército russo vinculou os planos de posicionamento dos S-400 na península com o local de elementos estratégicos do escudo antimísseis dos Estados Unidos na Bulgária e na Romênia.
A última doutrina militar aprovada em 2014 pelo chefe do Kremlin, Vladimir Putin, contemplava um aumento da presença militar na Crimeia devido ao reforço da presença da Otan perto das fronteiras da Rússia.
A anexação russa da Crimeia e a guerra no leste da Ucrânia levaram os países bálticos e a Polônia a pedir à Otan um reforço de sua presença militar na região por medo de uma possível invasão russa.
Os S-400 foram instalados nos últimos meses na região noroeste de Leningrado, na fronteira com as três repúblicas bálticas, e esta semana na região de Moscou para proteger a capital e as indústrias do centro do país.
Os S-400, um dos orgulhos da indústria armamentista russa, garantem a derrubada de alvos aéreos - desde caças até mísseis de cruzeiro - a uma distância de 250 quilômetros.
Putin ordenou em setembro do ano passado que se prepare um novo programa de rearmamento até 2025, cujo objetivo é manter a paridade nuclear com os EUA.