O número de mortos na avalanche de terra que soterrou parte de uma aldeia no oeste da Índia subiu para 51, enquanto aproximadamente 100 pessoas continuam desaparecidas, informou à agência EFE nesta sexta-feira uma fonte oficial.
"Recuperamos 51 corpos no total. Acreditamos que aproximadamente 100 pessoas continuam sob os escombros e a lama. A esperança de encontrar sobreviventes vem diminuindo", disse Anil Shekhawat, porta-voz da Força de Resposta de Desastres Nacionais (NDRF, sigla em inglês), responsável pela operação de resgate.
O desastre aconteceu na quarta-feira às 5h locais (20h30 de Brasília da terça-feira) quando a encosta de uma colina desabou sobre Malin, no estado de Maharashtra, devido às fortes chuvas, o que acabou soterrando a maioria das casas da aldeia, que eram cerca de 50.
De acordo com a agência local Ians, somente sete estruturas permanecem de pé após o deslizamento. No momento do desastre, muitos dos moradores da aldeia dormiam em suas casas e apenas oito pessoas foram resgatadas com vida nas primeiras horas.
Os trabalhos de socorro avançam lentamente por conta das fortes chuvas e pela grande quantidade de lama.
"Continuaremos buscando pelos próximos três ou quatro dias. Mas não acredito que vamos encontrar alguém mais com vida", explicou ao jornal Hindustan Times, Saurabh Rao, funcionário do alto escalão do governo de Pune, a cidade mais próxima.
Alguns dos moradores deste pequeno povoado perderam todos os seus familiares. "Fui ao campo para trabalhar. Meus oito filhos se preparavam para ir ao colégio. A avalanche soterrou minha casa e toda a minha família", disse Dilip, um agricultor de 45 anos.
As inundações e as avalanches de terra são frequentes durante a temporada das monções na Índia, assim como o desmoronamento de edifícios por causa do estado precário das infraestruturas, da falta de manutenção e da corrupção.
Cerca de 580 pessoas morreram e 5,7 mil desapareceram nas inundações e deslizamentos de terra ocorridos há um ano nas áreas montanhosas do estado de Uttarakhand, no norte do país.