Tailândia: Exército mantém políticos retidos após golpe

Quase 24 horas após golpe militar, dois membros do partido governamental continuam sob custódia

23 mai 2014 - 07h37
(atualizado às 07h39)

O Exército da Tailândia continua nesta sexta-feira mantendo sob custódia pelo menos dois membros do partido governamental Puea Thai, detidos há quase 24 horas depois que os militares suspenderam uma reunião entre as facções políticas que negociavam uma saída para a crise.

<p>Soldados tailandeses assumem posições durante golpe militar, no centro de Bangcoc, na Tailândia, em 22 de maio</p>
Soldados tailandeses assumem posições durante golpe militar, no centro de Bangcoc, na Tailândia, em 22 de maio
Foto: Athit Perawongmetha / Reuters

Segundo o jornal The Nation, o secretário-geral desse partido, Phutham Wechayachai, e seu porta-voz, Prompong Nopparit, continuam sob a custódia dos militares que, por outro lado, libertaram durante a manhã outros representantes do partido, incluindo membros do governo deposto.

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São eles o ministro da Justiça, Chaikasem Nitisiri, o do gabinete do primeiro-ministro, Varathep Ratanakorn, o dos Transportes, Chadchart Sittipunt, e os vice-ministros de Educação, Sermsak Pongpanit, e Finanças, Tanusak Lekuthai.

Também saíram do quartel do primeiro regimento de Infantaria outro dos dirigentes do Puea Thai, Viroj Pao-in, e dois funcionários de cargos do escalão inferior do partido.

Os cinco representantes do Partido Democrata, de oposição, que estavam na reunião, incluindo o ex-primeiro-ministro Abhisit Vejjajiva, foram libertados horas antes, ao redor da meia-noite local, segundo o The Nation.

Prayuth, que há três dias declarou a lei marcial no país, assumiu todos os poderes após considerar que as tentativas de um acordo entre o Executivo interino e os antigovernamentais fracassaram
Foto: AP

Ainda se desconhece a situação dos outros participantes do encontro que foram detidos, entre eles os líderes das manifestações, tanto pró-governo como contra o governo.

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O chefe do Exército, Prayuth Chon-Ocha, que hoje se autoproclamou primeiro-ministro, assumiu todo o poder ontem após considerar que as tentativas de um acordo entre o Executivo interino e os manifestantes antigovernamentais fracassaram.

A Junta militar intimou, durante o dia, que mais de 100 pessoas comparecessem a uma base militar, entre elas a ex-primeira-ministra Yingluck Shinawatra, destituída há duas semanas pela Justiça do país, e seu substituto, Niwatthamrong Bonsongpaisan.

Os dois já se apresentaram aos militares, mas ainda não se sabe se permanecem sob custódia.

A Junta proibiu a saída do país de 155 pessoas, entre elas vários políticos e ativistas.

  
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